Notícia
IL e Livre divergem nos pressupostos económicos da crise climática
Rui Tavares defendeu uma reforma da taxação em Portugal, nomeadamente a sua simplificação, com baixa do IVA, e João Cotrim de Figueiredo alegou que o desagravamento fiscal no IRS é "a maneira mais rápida, mais direta e indutora de crescimento para subir salários".
12 de Janeiro de 2022 às 23:51
Os candidatos da Iniciativa Liberal (IL) e do Livre esgrimiram hoje argumentos em prol de um novo modelo de desenvolvimento para Portugal, com ambos a divergirem sobre a crise climática, em virtude dos pressupostos económicos.
No último debate televisivo de Rui Tavares (Livre), no âmbito da pré-campanha para as eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro, a crise climática foi o tema de partida para o frente a frente transmitido pela SIC-Notícias.
O candidato do Livre às legislativas e cabeça de lista por Lisboa sublinhou que o seu partido defende "uma forma diferente de olhar para o desenvolvimento". "Queremos um país em que ninguém esteja abaixo do limiar da dignidade", defendeu, alertando para a questão da emergência climática, termo que desagrada ao adversário no debate.
João Cotrim de Figueiredo, presidente da Iniciativa Liberal (IL), alertou para a necessidade de recursos que Portugal não dispõe em 2022. "Há 20 anos atrás teríamos mais pontos de convergência", sublinhou, criticando o alarmismo que alguns partidos dão à emergência climática e que, na sua opinião, contribuem para "uma campanha despudorada contra a economia de mercado", a qual recusa.
Rui Tavares esclareceu que "a crise ecológica é real" e que até pode ser "uma oportunidade" para "a transformação económica" de Portugal.
Cotrim respondeu, defendendo que "só fazendo a economia crescer é que é possível dar respostas às necessidades de correção dos desequilíbrios ambientais". E acrescentou: "A transição climática é cara e os processos de descarbonização são caros, são precisos recursos".
Alegou que em Portugal o salário médio é de 1.300 euros, metade dos quais vão para o Estado, em impostos. "Esta não é uma sociedade que se possa desenvolver", afirmou, considerando que, "a menos que se advogue um homem novo, uma qualquer utopia, não é lícito que as pessoas façam pelo planeta aquilo que os estilos certos da economia podem fazer".
A propósito da emigração dos jovens portugueses, os candidatos quase que pareciam estar de acordo. Cotrim lembrou que estes procuram países liberais, como a Holanda, Irlanda, Reino Unido, e Tavares enumerou Estados com sindicatos fortes e contratação coletiva e trabalhadores representados nas administrações das empresas, como a Alemanha e a Dinamarca.
Rui Tavares defendeu uma reforma da taxação em Portugal, nomeadamente a sua simplificação, com baixa do IVA, e João Cotrim de Figueiredo alegou que o desagravamento fiscal no IRS é "a maneira mais rápida, mais direta e indutora de crescimento para subir salários".
Sobre o facto de a IL ter retirado do seu programa eleitoral o custeamento dos estudantes do ensino superior dos seus cursos, Cotrim referiu que esta medida - defendida em 2019 - estava baseada numa possibilidade de pagamento, que os salários em Portugal não justificam. "É uma ideia com mérito, que poderemos lá voltar", avançou.
No último debate televisivo de Rui Tavares (Livre), no âmbito da pré-campanha para as eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro, a crise climática foi o tema de partida para o frente a frente transmitido pela SIC-Notícias.
João Cotrim de Figueiredo, presidente da Iniciativa Liberal (IL), alertou para a necessidade de recursos que Portugal não dispõe em 2022. "Há 20 anos atrás teríamos mais pontos de convergência", sublinhou, criticando o alarmismo que alguns partidos dão à emergência climática e que, na sua opinião, contribuem para "uma campanha despudorada contra a economia de mercado", a qual recusa.
Rui Tavares esclareceu que "a crise ecológica é real" e que até pode ser "uma oportunidade" para "a transformação económica" de Portugal.
Cotrim respondeu, defendendo que "só fazendo a economia crescer é que é possível dar respostas às necessidades de correção dos desequilíbrios ambientais". E acrescentou: "A transição climática é cara e os processos de descarbonização são caros, são precisos recursos".
Alegou que em Portugal o salário médio é de 1.300 euros, metade dos quais vão para o Estado, em impostos. "Esta não é uma sociedade que se possa desenvolver", afirmou, considerando que, "a menos que se advogue um homem novo, uma qualquer utopia, não é lícito que as pessoas façam pelo planeta aquilo que os estilos certos da economia podem fazer".
A propósito da emigração dos jovens portugueses, os candidatos quase que pareciam estar de acordo. Cotrim lembrou que estes procuram países liberais, como a Holanda, Irlanda, Reino Unido, e Tavares enumerou Estados com sindicatos fortes e contratação coletiva e trabalhadores representados nas administrações das empresas, como a Alemanha e a Dinamarca.
Rui Tavares defendeu uma reforma da taxação em Portugal, nomeadamente a sua simplificação, com baixa do IVA, e João Cotrim de Figueiredo alegou que o desagravamento fiscal no IRS é "a maneira mais rápida, mais direta e indutora de crescimento para subir salários".
Sobre o facto de a IL ter retirado do seu programa eleitoral o custeamento dos estudantes do ensino superior dos seus cursos, Cotrim referiu que esta medida - defendida em 2019 - estava baseada numa possibilidade de pagamento, que os salários em Portugal não justificam. "É uma ideia com mérito, que poderemos lá voltar", avançou.