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Sondagem: PS alarga fosso para PSD. PAN colado ao CDS

Continua a aumentar a distância entre PS e PSD, que surgem separados por 14 pontos percentuais no barómetro de julho da Aximage. Outro dado significativo da sondagem é a descida de ponto e meio do CDS, que surge pouco à frente do PAN.

Pedro Ferreira
19 de Julho de 2019 às 08:00
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O PS voltou a alargar a vantagem para o PSD e o fosso que separa socialistas e sociais-democratas é agora de 13,9 pontos percentuais.

Na sondagem da Aximage para o Negócios e o CM realizada em julho, o PS reforça as intenções de voto em quase dois pontos para 37,5%, enquanto o PSD cresce meio ponto para 23,6%.

Apesar de os sociais-democratas melhorarem face às intenções de voto recolhidas no barómetro da Aximage de junho (23,1%) - que representava o nível mais baixo desde que Rui Rio assumiu a liderança -, a verdade é que esta é a maior distância a separar os dois maiores partidos desde outubro do ano passado. E mantém o PSD pouco acima da votação obtida nas europeias de 26 de maio (21,9%), o pior resultado de sempre do partido em eleições nacionais.

Estes números mantêm o partido do primeiro-ministro, António Costa, a alguma distância da maioria absoluta. Mas, por outro lado, a larga diferença nas intenções de voto para o PSD não só aproxima os socialistas dessa fasquia como pode criar condições para o PS precisar apenas de um partido para governar com estabilidade na próxima legislatura.

O Bloco de Esquerda consolida-se como terceira maior força (passa de 9% para 9,4%) e a CDU (coligação eleitoral entre PCP e Verdes) mantém-se estável nos 6,8%.

O CDS é o partido mais penalizado por esta sondagem, recuando mais de 1,5 pontos para 4,9%. Esta evolução deixa o partido liderado por Assunção Cristas, que desde as europeias mudou de estratégia adotando uma atitude menos ríspida e apostando na apresentação de propostas concretas para o país, pouco acima do PAN (4%).

Seja como for, o partido de André Silva continua abaixo dos 5% registados nas europeias.

Esquerda ganha peso

Se as forças de esquerda que integram a atual maioria parlamentar reforçam o peso nas intenções de voto para 53,7%, os partidos à direita recuam para 28,5%, sobretudo devido à quebra dos centristas.

Isto significa que se estes fossem os resultados das eleições marcadas para 6 de outubro, o somatório das forças da geringonça seria três pontos percentuais superior ao acumulado obtido nas legislativas de 2015.

Pelo seu lado, PSD e CDS ficariam a mais de 8 pontos do resultado conseguido pela PàF há quatro anos.


FICHA TÉCNICA

Universo: indivíduos inscritos nos cadernos eleitorais em Portugal com telefone fixo no lar ou possuidor de telemóvel.
Amostra: aleatória e estratificada (região, habitat, sexo, idade, escolaridade, atividade) e representativa do universo e foi extraída de um sub universo obtido de forma idêntica.
A amostra teve 601 entrevistas efectivas: 287 a homens e 314 a mulheres; 60 no Interior Norte Centro, 80 no Litoral Norte, 98 na Área Metropolitana do Porto,113 no Litoral Centro, 169 na Área Metropolitana de Lisboa e 81 no Sul e Ilhas; 96 em aldeias, 161 em vilas e 344 em cidades. A proporcionalidade pelas variáveis de estratificação é obtida após reequilibragem amostral.
Técnica: Entrevista telefónica por C.A.T.I., tendo o trabalho de campo decorrido nos dias 12 a1 5 de julho de 2019,c omum a taxa de resposta de 73,7%.
Erro probabilístico: Para o total de uma amostra aleatória simples com 601 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,020 (ou seja, uma "margem de erro"- a 95% - de 4,00%). Responsabilidade do estudo: Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direção técnica de João Queiroz.

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