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Sócrates: “Eu sempre me opus ao pedido de ajuda internacional”

O ex-primeiro-ministro repetiu que sempre se opôs ao pedido de ajuda externa, até ao momento em que se viu “obrigado” a fazê-lo.

João Miguel Rodrigues/Correio da Manhã
27 de Março de 2013 às 23:28
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“Eu fui obrigado a fazê-lo”. Foi desta forma que José Sócrates começou por responder às perguntas sobre o pedido de ajuda à troika (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional), em Abril de 2011.

 

“Eu sempre me opus ao pedido de ajuda internacional”, insistiu Sócrates. E porquê? “Pois sabia as consequências que isso teria”, justificou.

 

O ex-primeiro-ministro socialista lembrou esta noite, várias vezes ao longo da entrevista à RTP, que o pedido de ajuda externa não foi responsabilidade sua, mas dos partidos que agora estão no poder e que chumbaram o PEC IV (Programa de Estabilidade e Crescimento). “A ajuda externa resulta do chumbo do PEC IV”, reiterou.

 

Muita gente na altura estava equivocada sobre o pedido de ajuda externa. 

 

“Muita gente na altura estava equivocada sobre o pedido de ajuda externa. Havia muita gente que clamava pela ajuda externa. A oposição não fez só chumbar o PEC. A oposição dizia que não havia nenhum problema em governar com o Fundo Monetário Internacional (FMI)”, disse Sócrates.

 

Foi no dia 6 de Abril, ao almoço, revelou, que tomou “consciência” de que era preciso recorrer às instituições internacionais.

 

“Admito que estava errado”

Sócrates acabou por admitir que “estava errado” quando, contrariamente a muitas instituições portuguesas e agentes da esfera económica e política que “baixaram os braços”, “lutava para não pedir ajuda externa”.

 

“Admito que estava errado, mas olhemos para o que aconteceu”, completou. "Não deveríamos ter tido o dever moral de tentar?", questionou o ex-governante, referindo-se ao PEC IV, embora admitindo que não tem como garantir que o mesmo tivesse resultado.

 

Em relação ao seu ministro das Finanças, Sócrates disse ter “o maior do respeito por Teixeira dos Santos. Entre 2008 e 2010 passámos tempos muito duros. Acompanhou-me em momentos críticos em que fizemos tudo para proteger o País da ajuda externa”, recordou.

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