O Presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, realiza uma visita oficial a Portugal na quinta e sexta-feira da próxima semana, 1 e 2 de Março, anunciou hoje a Presidência da República em comunicado.

A visita, que é feita em resposta ao convite que o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, fez após a eleição de Steinmeier, há um ano, "pretende consolidar" o "nível de excelência" da relação bilateral e "reforçar os seus alicerces para o futuro".

O programa da visita está dividido entre Lisboa, onde o Presidente alemão vai estar no dia 1, e o Porto, onde é esperado no dia 2.

Em Lisboa, Frank-Walter Steinmeier é recebido por Marcelo Rebelo de Sousa no Palácio de Belém para uma reunião seguida de declarações à imprensa.

De Belém, segue para o Palácio das Necessidades, para um almoço com o primeiro-ministro, António Costa, e dali para a Assembleia da República, onde é recebido pelo presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues.

Após os encontros oficiais, o Presidente alemão e comitiva dão um passeio de eléctrico e visitam o Mosteiro dos Jerónimos, antes de serem recebidos na Fundação Champalimaud.

O programa em Lisboa termina com um jantar oficial no Palácio da Ajuda.

No dia 2, no Porto, Steinmeier visita o Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, onde tem um encontro com estudantes alemães.

Depois, inaugura a exposição "Encontros" na Casa Museu Guerra Junqueiro, que inclui obras do escritor e artista alemão Günter Grass, almoça no Palácio da Bolsa a convite do presidente da autarquia, Rui Moreira, e é entronizado como confrade da Confraria do Vinho do Porto.

O programa no Porto termina com uma visita à Igreja de São Francisco e um passeio pela Ribeira.

Frank-Walter Steinmeier, do Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD), foi ministro dos Negócios Estrangeiros no primeiro (2005-2009) e no terceiro (2013-2017) governo da chanceler Angela Merkel.

Eleito Presidente da República Federal da Alemanha em Fevereiro de 2017, assumiu o papel de árbitro na actual cena política, em que as eleições legislativas de 24 de Setembro não permitiram ainda a formação de um governo.

A União Democrata-Cristã (CDU) de Angela Merkel e o SPD governaram em coligação nos últimos quatro anos, mas, após as legislativas, a direcção social-democrata recusou repetir a fórmula e afirmou preferir ficar na oposição.

Contudo, depois de fracassarem as negociações da CDU com o Partido Liberal (FDP) e os Verdes, Frank-Walter Steinmeier apelou à responsabilidade política de todos os partidos e a direcção do SPD mudou de posição, aceitando negociar com a CDU.

Depois de cinco semanas de contactos exploratórios, a CDU/CSU e o SPD alcançaram um acordo de princípio e, depois de mais duas semanas, um acordo de coligação, que tem ainda de ser aprovado pelos militantes sociais-democratas, numa votação vinculativa que decorre até 2 de Março e cujo resultado é anunciado a 4 de Março.