Notícia
PCP: Governo deixa medidas "na gaveta" mas é "mãos largas" para outros
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, acusou este domingo o Governo PS de ser "mãos largas" para os grupos económicos e financeiros, mas deixar "na gaveta" medidas para responder a necessidades mais prementes do país.
23 de Maio de 2021 às 13:45
"O PS resiste, limita, não cumpre face aos problemas dos trabalhadores, ao mesmo tempo que é 'mãos largas' com centenas de milhões de euros para os grupos económicos e financeiros, em convergência com o PSD e CDS e os seus sucedâneos do Chega e Iniciativa Liberal", criticou.
Numa intervenção em Baleizão, no concelho de Beja, o líder dos comunistas afirmou que se assiste à "concentração da riqueza num reduzido punhado de acionistas que se apropriam da riqueza criada pelos trabalhadores" e "sugam colossais recursos públicos".
"Acumulam lucros, distribuem dividendos, não pagam os impostos devidos e fazem sair o dinheiro do país", continuou.
Segundo Jerónimo de Sousa, "o PS teve todas as possibilidades e oportunidades para assumir uma mudança de posicionamento e passar a defender os direitos dos trabalhadores", mas "não o quis fazer", optando "pelos interesses do capital".
E o governo socialista "teve todas as oportunidades de responder às necessidades mais prementes, mas nem mesmo as possibilidades abertas pelo Orçamento para 2021 aproveitou", frisou.
Apesar de argumentar que, graças à "ação e intervenção do PCP", foi concretizado "um conjunto de medidas de aplicação direta inscritas no Orçamento do Estado [OE] e que não ficaram dependentes de execução pelo Governo", Jerónimo de Sousa destacou que outras medidas "têm, por parte do Governo, ficado na gaveta e estão por concretizar".
O líder do PCP discursava no encerramento da tradicional homenagem à trabalhadora rural Catarina Eufémia, assassinada pelas forças do regime fascista há 67 anos, em 19 de maio de 1954, na aldeia de Baleizão (Beja).
Perante algumas dezenas de militantes e simpatizantes do partido, Jerónimo de Sousa abordou também o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a chamada "bazuca".
"Quando se fala de recuperação e dos milhões da tal 'bazuca', também aqui se colocam opções. A recuperação não pode ser pretexto para agravar a exploração e ser fonte de acumulação de lucros de milhares de milhões, enquanto crescem as desigualdades e as injustiças sociais", avisou o secretário-geral do PCP, num "recado" ao Governo, o qual, por diversas vezes ao longo do discurso, "colou" ao PSD, CDS-PP e à Iniciativa Liberal e ao Chega.
A situação dos trabalhadores agrícolas em Odemira também foi apontada por Jerónimo de Sousa e, disse, ilustra "o regresso" de "uma sórdida e brutal exploração" dos latifundiários, como a que existia antes da Reforma Agrária.
Odemira é "apenas um exemplo dessa realidade", no âmbito da qual "os trabalhadores, em grande parte imigrantes, sem direitos laborais, com evidências de práticas abusivas e arbitrárias, vivem em condições degradadas de habitação e saúde", afirmou.
Vincando que "acentuadas formas de exploração" se alargaram ao país, voltou a exigir que é necessário revogar "as normas gravosas na legislação laboral" que permitem, entre outras situações, "a crescente precarização do vínculo laboral e salários e direitos degradados", pelo país e em diversos setores de atividade.
Numa intervenção em Baleizão, no concelho de Beja, o líder dos comunistas afirmou que se assiste à "concentração da riqueza num reduzido punhado de acionistas que se apropriam da riqueza criada pelos trabalhadores" e "sugam colossais recursos públicos".
Segundo Jerónimo de Sousa, "o PS teve todas as possibilidades e oportunidades para assumir uma mudança de posicionamento e passar a defender os direitos dos trabalhadores", mas "não o quis fazer", optando "pelos interesses do capital".
E o governo socialista "teve todas as oportunidades de responder às necessidades mais prementes, mas nem mesmo as possibilidades abertas pelo Orçamento para 2021 aproveitou", frisou.
Apesar de argumentar que, graças à "ação e intervenção do PCP", foi concretizado "um conjunto de medidas de aplicação direta inscritas no Orçamento do Estado [OE] e que não ficaram dependentes de execução pelo Governo", Jerónimo de Sousa destacou que outras medidas "têm, por parte do Governo, ficado na gaveta e estão por concretizar".
O líder do PCP discursava no encerramento da tradicional homenagem à trabalhadora rural Catarina Eufémia, assassinada pelas forças do regime fascista há 67 anos, em 19 de maio de 1954, na aldeia de Baleizão (Beja).
Perante algumas dezenas de militantes e simpatizantes do partido, Jerónimo de Sousa abordou também o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a chamada "bazuca".
"Quando se fala de recuperação e dos milhões da tal 'bazuca', também aqui se colocam opções. A recuperação não pode ser pretexto para agravar a exploração e ser fonte de acumulação de lucros de milhares de milhões, enquanto crescem as desigualdades e as injustiças sociais", avisou o secretário-geral do PCP, num "recado" ao Governo, o qual, por diversas vezes ao longo do discurso, "colou" ao PSD, CDS-PP e à Iniciativa Liberal e ao Chega.
A situação dos trabalhadores agrícolas em Odemira também foi apontada por Jerónimo de Sousa e, disse, ilustra "o regresso" de "uma sórdida e brutal exploração" dos latifundiários, como a que existia antes da Reforma Agrária.
Odemira é "apenas um exemplo dessa realidade", no âmbito da qual "os trabalhadores, em grande parte imigrantes, sem direitos laborais, com evidências de práticas abusivas e arbitrárias, vivem em condições degradadas de habitação e saúde", afirmou.
Vincando que "acentuadas formas de exploração" se alargaram ao país, voltou a exigir que é necessário revogar "as normas gravosas na legislação laboral" que permitem, entre outras situações, "a crescente precarização do vínculo laboral e salários e direitos degradados", pelo país e em diversos setores de atividade.