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IL acusa Montenegro de fazer um "discurso muito afastado nas necessidades do pais"

"Os portugueses vivem em condições que não são aquelas que constam do oásis que o primeiro-ministro quer apresentar", disse Rui Rocha.

Manuel de Almeida / Lusa
25 de Dezembro de 2024 às 22:30
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O presidente da Iniciativa Liberal acusou o primeiro-ministro de ter feito "um discurso muito afastado das necessidades do país" durante a sua mensagem de Natal e apontou a Saúde, Educação e Habitação como "falhanços claros" do Governo.

"O país precisa de mudança a sério e este discurso, que é um discurso que parece contente, enfim, com aquilo que foi fazendo, é um discurso muito afastado das necessidades do país, é um discurso muito afastado da vida dos portugueses", afirmou Rui Rocha, no Porto, numa reação àquela que foi a primeira mensagem de Natal de Luis Montenegro enquanto primeiro-ministro.

Para Rui Rocha, Luís Montenegro falou um país que "é um oásis" mas "é um oásis em que só vive o primeiro-ministro e o Governo da Aliança Democrática (AD). Os portugueses vivem em condições que não são aquelas que constam do oásis que o primeiro-ministro quer apresentar".

Rui Rocha enumerou ainda os "falhanços claros" do Governo: "A Saúde, a Educação, eu vi a reação do PSD ao discurso do primeiro-ministro, mas vem falar da Saúde e da educação como se alguma coisa tivesse melhorado, está tudo na mesma ou pior". "Como é possível apresentar alguma coisa num discurso em que se diz que se melhorou alguma coisa na Saúde e na Educação? São falhanços claros deste Governo da AD. Depois a habitação. Tivemos agora notícias em que se diz que a habitação, agora no 3.ª trimestre subiu 10%"; apontou.

Questionando "como é que é possível fazer um discurso auto-elogioso quando nada de essencial mudou e muitas coisas pioraram, quanto mais não seja porque passou tempo e nada se resolveu", Rui Rocha referiu também a necessidade de diminuir a carga fiscal e de fazer reformas no Estado, considerando que a mensagem desta noite denota a falta de capacidade do atual Governo. Isto porque, disse, o primeiro-ministro apresentou-se "aos portugueses com um projeto político esgotado". "É como se a aprovação do Orçamento [do Estado] na generalidade em outubro tivesse esgotado toda a capacidade política do Governo", disse. E continuou: "É uma questão de energia e é uma questão de ambição e o país precisa (...) de reformar o Estado, o Estado não pode continuar a consumir recursos que são necessários para o país avançar".

Segundo o líder da IL, "o Estado tem que se focar nas suas funções essenciais, o Estado não pode desperdiçar mais recursos e essa vontade reformista nós não a vemos na AD nem no discurso de Luis Montenegro".

A necessidade de diminuir a carga fiscal foi outro ponto abordado pelo presidente da IL: "O pais precisa de ter menos impostos, uma carga fiscal mais baixa para todos, não é só para alguns. É evidente que os jovens são muito importantes (...) mas e os outros? Como é que vão encarar a partir de janeiro a sua vida quando os impostos que prometeram mais baixar não baixam?", questionou.

"As empresas precisam de ser competitivas, nós estamos num cenário internacional muito complicado e continuamos a discutir uma descida de 1% no IRC quando vamos entrar num momento internacional em que é preciso simplificar processos, é preciso acelerar o país, é preciso acelerar a capacidade económica que temos", alertou.

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