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Covid-19: Rio diz que "só no limite" não apoiará estado de emergência até ao fim e ataca PCP

O líder do PSD, Rui Rio, assegurou hoje que "só no limite" não apoiará a manutenção do estado de emergência enquanto durar a pandemia, e acusou o PCP de prepotência por manter o seu Congresso nas atuais condições sanitárias.

Rio diz que entendimento é regional mas reafirma que se o Chega se moderar poderá haver acordo nacional.
José Coelho/Lusa
18 de Novembro de 2020 às 23:46
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Em entrevista à TVI, o líder do PSD foi questionado se impediria a realização do Congresso do PCP - que se realizará entre 27 e 29 de novembro, em Loures - caso fosse primeiro-ministro. "Obviamente (...) o Governo está a dizer que as regras são iguais para todos, menos para o PCP. Isto pode levar a uma coisa muito perigosa que é as pessoas perderem o respeito ao Governo", alertou, considerando que será "um tiro no pé" a realização deste congresso.

O regime legal do estado de sítio e do estado de emergência estabelece que "as reuniões dos órgãos estatutários dos partidos políticos, sindicatos e associações profissionais não serão em caso algum proibidas, dissolvidas ou submetidas a autorização prévia".

Rui Rio sublinhou que o PSD/Madeira adiou o seu Congresso, que o PSD nacional pretendia realizar um congresso de revisão estatutária, mas agora "nem pensa nisso", e que até o PS tem a realização do seu Congresso suspensa, ainda sem data.

"O PCP é prepotente, numa atitude de faço e faço mesmo. Quem tem de arbitrar isto é o Governo e o Presidente da República", afirmou.

Já questionado se o PSD, que até agora votou a favor de todas as autorizações para decretar ou renovar o estado de emergência, terá a mesma atitude até ao final da pandemia de covid-19, Rio disse que não passará "um cheque branco", mas salientou que o estado de emergência é "um quadro legal" e não contempla medidas concretas. "Essas condições só no limite é que não vou dar ao Governo para combater a pandemia", assegurou.

Rio voltou a criticar a atuação do Governo na preparação do Governo para a segunda vaga da pandemia, questionando "porque não negociou mais cedo com os privados ou o setor social", mas recusou pedir a demissão da ministra da Saúde, Marta Temido. "O primeiro-ministro é que sabe se mete ou tira ministros, é o responsável número um do Governo", disse.

Na mesma linha, o líder do PSD disse fazer uma "avaliação negativa" da Direção Geral da Saúde, mas recusou personalizar as críticas na diretora-geral Graça Freitas.

Portugal contabiliza pelo menos 3.632 mortos associados à covid-19 em 236.015 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
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