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Costa: Portugal não tem licenciados a mais, tem é "emprego a menos" para formados

O primeiro-ministro, António Costa, considerou hoje em Coimbra que o país não tem licenciados e mestres a mais, mas "emprego a menos" para as pessoas com formação superior.

1º António Costa, 2456 notícias - O primeiro-ministro foi o nome mais citado nas notícias que o Negócios publicou este ano. António Costa não surge em primeiro lugar apenas nos dois últimos meses do ano. A média diária é de mais de 6 notícias por dia.
Miguel Baltazar
23 de Novembro de 2016 às 18:12
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"Não temos licenciados e mestres a mais. Temos é emprego a menos para doutores, mestres e licenciados. É essa a transformação de mentalidade e reorientação do nosso esforço produtivo que temos que fazer para conseguir vencer", vincou o líder do executivo socialista, que discursava no final da visita ao Instituto Pedro Nunes e às empresas Perceive3D e Take The Wind, no âmbito da 2.ª jornada da "Agenda mais Crescimento".

 

O primeiro-ministro defendeu que o posicionamento de Portugal no mercado global tem de ser "distinto" da forma como tem estado até agora, considerando que a ilusão de que o país vai ser competitivo através de baixos salários "é uma perda de tempo, é andar para trás, é uma distracção relativamente ao caminho" em que se tem que apostar.

 

A aposta, realçou, tem de passar pela valorização do conhecimento produzido nas universidades e politécnicos, pelo desenvolvimento das incubadoras e centros tecnológicos e pelo apoio das empresas no investimento em inovação.

 

A "chave" para a competitividade do país "só pode assentar numa palavra: inovação, que resulta do conhecimento".

 

"O país tem tido boas notícias nos últimos tempos. O crescimento acelerou, a União Europeia cancelou o procedimento de aplicação de sanções, anunciou que vamos sair do procedimento por défice excessivo, aprovou o Orçamento [do Estado], o desemprego tem vindo a baixar, mas tudo isso só é sustentável se, em vez de ficarmos satisfeitos com o que conseguimos, percebermos que isso só tem de servir como incentivo para podermos fazer mais e podermos fazer melhor", disse António Costa.

 

O primeiro-ministro frisou que é "essencial" que os empresários percebam que, para terem maior produtividade, "precisam de trabalhar com as universidades, com os politécnicos, com os centros de conhecimento".

 

Dirigindo-se para a plateia, onde estava presente o presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, e o reitor da Universidade, João Gabriel Silva, António Costa disse que a cidade dos estudantes "não tem só encanto na hora da despedida".

 

"Tem muito mais encanto na hora da descoberta", notou, sublinhando que nas "universidades mais antigas há um enorme saber acumulado".

 

Esse saber "não está só acumulado na Biblioteca Joanina", mas também em espaços como o IPN, onde o conhecimento "se traduz na valorização económica", referiu.

 

O IPN, entre 1995 e 2015, ajudou a criar 240 empresas, que representam um volume de negócios de 130 milhões de euros e 2.000 postos de trabalho directo.

 

A taxa de sobrevivência das empresas incubadas nesta entidade ronda os 75%.

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