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Catarina Martins reafirma que o novo "Governo vai ser rejeitado na Assembleia"

A porta-voz do BE considera "extraordinário" que o nome escolhido para a Administração Interna seja o da pessoa que defendeu Ricardo Salgado. Mas Catarina Martins não sobrevaloriza, porque este "Governo vai ser rejeitado na Assembleia da República".

Um Governo que 'não tenha Pedro Passos Coelho nem Paulo Portas, que vire a página da direita e que permita proteger emprego, salários e pensões', e cuja forma 'será conhecida logo que possível', em 'um dia ou dois'.
Miguel Baltazar/Negócios
27 de Outubro de 2015 às 17:40
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Mais do que os nomes que irão integrar o próximo Executivo, é o próprio Governo que merece a reprovação da porta-voz do BE. Para Catarina Martins, o Presidente da República, Cavaco Silva, colocou o país numa situação "confrangedora" ao permitir a formação de um Governo que se sabe que será derrubado.

 

Esta terça-feira, 27 de Outubro, Catarina Martins não deixou de notar ser "extraordinário" que Passos Coelho e Paulo Portas tenham escolhido João Calvão da Silva para chefiar o Ministério da Administração Interna.

 

"Quem defendeu Ricardo Salgado no Banco de Portugal (BdP) foi o escolhido para a pasta da Administração Interna", criticou a líder bloquista. Em 2013, Calvão da Silva foi um dos três juristas a quem Ricardo Salgado recorreu para pedir um parecer que sustentasse a sua idoneidade para continuar à frente dos destinos do antigo BES.

 

Nessa altura, o agora futuro responsável pela tutela das polícias considerou que os 14 milhões de euros recebidos por Salgado da parte do construtor José Guilherme diziam respeito ao "bom princípio geral de uma sociedade que quer ser uma comunidade – comum unidade –, com espírito de entreajuda e solidariedade".

 

Já em resposta aos jornalistas, Catarina Martins fez questão de vincar que a prioridade para o Bloco no dia de hoje passa pela necessidade de "manter os olhos postos em Angola". A porta-voz do BE lembrou que o activista Luaty Beirão, que hoje terminou a sua greve de fome, conseguiu que os olhos fossem colocados sobre Angola, daí a importância de manter o tema vivo.

 

E já depois de criticar o Ministério português dos Negócios Estrangeiros, que "demorou um mês para fazer uma visita" ao luso-angolano Luaty Beirão, a líder do Bloco não esqueceu Rui Machete, que será reconduzido à frente dos Estrangeiros. Em relação a Machete, Catarina Martins limita-se a dizer que "foi o homem do BPN que não viu nada quando estava no banco e que ofendeu Portugal quando pediu desculpa ao regime angolano".

 

Já a terminar, desvalorizando a recondução de Machete, Catarina Martins notou que "nós precisamos urgentemente é de outro Governo e é nisso que estamos a trabalhar". 

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