Notícia
Políticas de Trump geram grande incerteza no seio do Banco do Japão
Também as eleições que vão realizar-se na primavera na Holanda ou na França - onde os partidos da extrema-direita estão bem posicionados nas sondagens - são factores que dificultam a antecipação de um cenário económico concreto.
08 de Fevereiro de 2017 às 07:42
As políticas económicas do novo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, geram grande incerteza no seio do comité de política monetária do Banco do Japão (BoJ), segundo mostram as minutas da última reunião realizada há uma semana.
"Apesar de as economias estrangeiras se terem virado, no seu conjunto, rumo a uma recuperação moderada, é provável que persistam factores de incerteza, como o referente às políticas económicas da nova Administração dos Estados Unidos e o seu impacto nos [países] emergentes", sublinhou um dos membros da junta.
Outro dos membros do órgão destacou no encontro, realizado a 30 e 31 de Janeiro, que entre os potenciais factores de instabilidade figuram "as posições do novo Governo norte-americano e o resultado das negociações do Brexit", segundo o documento publicado hoje pelo BoJ.
Durante a reunião também foi destacado que as eleições que vão realizar-se na primavera na Holanda ou na França - onde os partidos da extrema-direita estão bem posicionados nas sondagens - constituem igualmente factores que fazem com que seja difícil antecipar um cenário económico concreto.
O governador do banco emissor nipónico, Haruhiko Kuroda (na foto), já manifestou publicamente a sua preocupação relativamente aos efeitos que as decisões económicas de Donald Trump podem ter sobre o Japão.
Em menos de um mês desde a sua chegada à Casa Branca, Trump deixou para trás o Acordo de Associação Transpacífico (TPP), pedra angular do plano de crescimento do Governo nipónico, e criticou as práticas comerciais do Japão e a política monetária do BoJ, advogando por um enfoque proteccionista para os Estados Unidos.
Todos estes assuntos estarão no centro da agenda quando o Trump receber, na sexta-feira, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, em Washington.
"Apesar de as economias estrangeiras se terem virado, no seu conjunto, rumo a uma recuperação moderada, é provável que persistam factores de incerteza, como o referente às políticas económicas da nova Administração dos Estados Unidos e o seu impacto nos [países] emergentes", sublinhou um dos membros da junta.
Durante a reunião também foi destacado que as eleições que vão realizar-se na primavera na Holanda ou na França - onde os partidos da extrema-direita estão bem posicionados nas sondagens - constituem igualmente factores que fazem com que seja difícil antecipar um cenário económico concreto.
O governador do banco emissor nipónico, Haruhiko Kuroda (na foto), já manifestou publicamente a sua preocupação relativamente aos efeitos que as decisões económicas de Donald Trump podem ter sobre o Japão.
Em menos de um mês desde a sua chegada à Casa Branca, Trump deixou para trás o Acordo de Associação Transpacífico (TPP), pedra angular do plano de crescimento do Governo nipónico, e criticou as práticas comerciais do Japão e a política monetária do BoJ, advogando por um enfoque proteccionista para os Estados Unidos.
Todos estes assuntos estarão no centro da agenda quando o Trump receber, na sexta-feira, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, em Washington.