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Descer os juros em março? "Não acho provável", diz Powell
A Reserva Federal norte-americana voltou a deixar as taxas de juro inalteradas, mantendo-as nos níveis mais altos dos últimos 22 anos. Apesar de os sinais serem positivos, a inflação está ainda acima da meta.
O mercado estava otimista quanto a um corte dos juros em março, mas esse cenário "não é provável", afirmou o presidente da Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos, Jerome Powell.
"Tendo em conta a reunião de hoje, diria que não é provável que o Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC) atinja o nível de confiança desejado até à reunião de março", disse, na conferência de imprensa que se seguiu ao encontro de política monetária, no qual o FOMC manteve os juros inalterados.
A inflação está a descer e o crescimento económico e o mercado laboral continuam robustos. Posto isto, os dados são bons, mas a Fed precisa de ver mais destes dados para ter uma confiança maior de que a inflação está de forma sustentável a descer. "Queremos ver a continuação dos bons dados que temos visto", defendeu Powell.
Basicamente, apesar de os dados serem positivos, a Fed quer garantias de que a inflação não vai voltar a acelerar. E, para já, esse risco ainda não está totalmente excluído.
"É uma decisão com grandes consequências a de começar a descer os juros. Fizemos muito progresso na inflação, só queremos ter certeza de que cumprimos a tarefa de forma sustentável", repetiu, recusando colocar um "timing" sobre quando essa garantia será alcançada.
"Tendo em conta a reunião de hoje, diria que não é provável que o Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC) atinja o nível de confiança desejado até à reunião de março", disse, na conferência de imprensa que se seguiu ao encontro de política monetária, no qual o FOMC manteve os juros inalterados.
O consenso de praticamente todos os membros do FOMC continua a ser de que é apropriado descer os juros este ano, mas o "timing" permanece em aberto. "Se virmos um enfraquecimento inesperado no mercado laboral, isso certamente terá impacto na decisão de descer mais cedo", adiantou, em resposta aos jornalistas. Mas o Comité ainda não está nesse ponto, garante Powell. "Não estamos ativamente a considerar descer os juros", revelou.
A inflação está a descer e o crescimento económico e o mercado laboral continuam robustos. Posto isto, os dados são bons, mas a Fed precisa de ver mais destes dados para ter uma confiança maior de que a inflação está de forma sustentável a descer. "Queremos ver a continuação dos bons dados que temos visto", defendeu Powell.
Basicamente, apesar de os dados serem positivos, a Fed quer garantias de que a inflação não vai voltar a acelerar. E, para já, esse risco ainda não está totalmente excluído.
"É uma decisão com grandes consequências a de começar a descer os juros. Fizemos muito progresso na inflação, só queremos ter certeza de que cumprimos a tarefa de forma sustentável", repetiu, recusando colocar um "timing" sobre quando essa garantia será alcançada.
Questionado sobre se é seguro dizer que estamos num cenário de aterragem suave da economia, recusou declarar vitória. "Não diria que alcançámos isso, temos ainda muito que caminhar", disse.
As ações acentuaram as perdas após a conferência de imprensa de Powell, com as palavras do presidente da Fed a deixarem claro que o tão esperado corte em março não deverá acontecer. O S&P 500 cede 1,29%, o Nasdaq Composite recua 1,68% e o Dow Jones perde 0,55%.
Sem surpresas, a Reserva Federal manteve as taxas de juro diretoras inalteradas a reunião deste mês. De acordo com o comunicado divulgado após o encontro do Comité Federal de Mercado Aberto, os juros mantêm-se num intervalo entre os 5,25% e os 5,5%.As ações acentuaram as perdas após a conferência de imprensa de Powell, com as palavras do presidente da Fed a deixarem claro que o tão esperado corte em março não deverá acontecer. O S&P 500 cede 1,29%, o Nasdaq Composite recua 1,68% e o Dow Jones perde 0,55%.
"O Comité não considera apropriado reduzir o intervalo até ter maior confiança de que a inflação está a dirigir-se de forma sustentável para a meta dos 2%", justifica o banco central, que, após 11 subidas consecutivas, tem desde julho mantido a taxa dos fundos federais nos níveis mais altos dos últimos 22 anos.
Notícia atualizada às 20h32