O Banco de Inglaterra (BoE) subiu a taxas de juro  de referência em 50 pontos base – em linha com as expectativas do mercado e dos economistas – fixando-a em 1,75%, renovando máximos de 2008, segundo o comunicado publicado esta quinta-feira na página do banco central. 

No encontro de política monetária desta quinta-feira, oito (de 12) membros do banco central apoiaram a subida o "benchmark" para 1,25%, enquanto um membro considerou que seira apenas necessário que o aumento fosse de 25 pontos base.

"A pressão da inflação no Reino Unido e no resto da Europa intensificou-se de forma significativa desde o último relatório de política monetária", refere o banco central liderado por Andrew Bailey.

Além de subir os juros de referência para máximos de 13 anos, o banco central também reviu as projeções para o pico da inflação, que espera que chegue a 13% "no quarto trimestre deste ano", acima dos 11% previstos anteriormente.

O BoE avança ainda a possibilidade da inflação permanecer "em níveis bastante elevados durante grande parte de 2023, antes de cair para a meta dos 2%" em 2025.  Em junho, a taxa de  inflação no Reino Unido chegou a 9,4%, o nível mais alto desde há 40 anos.

O banco central salientou ainda que as estimativas apontam que a economia britânica "entre em recessão a partir do quarto trimestre deste ano". "Os rendimentos reais das famílias devem cair acentuadamente este ano". O Banco de Inglaterra antecipa ainda que o "desemprego deve aumentar a partir de 2023".

O banco central britânico - o primeiro a subir juros depois da pandemia - já aumentou a taxa de juro de referência cinco vezes desde dezembro de 2021, sendo esta a sexta e a maior subida desde 1995.

Em meados de julho, o governador do Banco de Inglaterra, Andrew Bailey já tinha assumido a possibilidade de um novo aumento da taxas de juro com esta dimensão. 

(Notícia em atualizada às 12:20)