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Banco de Inglaterra mantém estímulos até que surjam sinais inequívocos de retoma

A autoridade monetária inglesa assegurou esta quinta-feira que a política de estímulos económicos irá permanecer de pé pelo menos até que existam sinais inequívocos de retoma da economia e que a inflação se reaproxime do objetivo em torno dos 2%.

bloomberg
18 de Março de 2021 às 13:29
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O Banco de Inglaterra (BoE) passou esta quinta-feira uma mensagem de confiança aos mercados garantindo que a política de estímulos económicos irá continuar em vigor pelo menos até ao surgimento de sinais inequívocos de retoma económica e de regresso da taxa de inflação para um valor próximo da meta fixada em torno de 2%.

Permanece assim de pé o objetivo do programa de compra de ativos num valor de 895 mil milhões de libras (1,04 biliões de euros), assim como se mantém a taxa de juro diretora fixada em 0,1%, um mínimo de sempre. O BoE continuará assim a adquirir cerca de 4,4 mil milhões de libras (5,1 mil milhões de euros) de obrigações soberanas por semana.

A autoridade monetária inglesa sustentou esta posição com a persistência de elevada incerteza, isto apesar de a campanha de vacinação britânica estar a decorrer de forma positiva. Ainda assim, esta quinta-feira foi noticiado o atraso na entrega, por parte da Índia, de componentes necessários à produção de vacinas, o que poderá causar um revés no até aqui célere processo de vacinação em curso no Reino Unido.

O governador do BoE, Andrew Bailey, põe a vacinação e os apoios económicos aos britânicos que perderam o emprego por causa da pandemia de um lado da balança e a mais do que provável contração económica acentuada que deve ser registada no primeiro trimestre deste ano. Bailey salientou ainda a incerteza e o risco associados às projeções que apontam para que a taxa de desemprego só atingirá o pico lá mais para a frente deste ano.

Logo após a posição anunciada pelo BoE, os juros da dívida britânica reforçaram a tendência de descida, enquanto a libra desvaloriza ante a perspetiva de maior liquidez da divida britânica.

A decisão hoje conhecida surge depois de um período de agravamento expressivo dos juros da dívida britânica, um movimento que foi também acompanhado pelas "yields" dos países da Zona Euro e dos Estados Unidos. A perspetiva de subida da inflação acompanhada de uma recuperação económica robusta (reflação) provocou a recente tendência de agravamento dos custos das dívidas públicas.

Note-se que ainda na semana passada, o Banco Central Europeu anunciou o reforço do respetivo programa de ativos e a Reserva Federal dos EUA garantiu na última noite que os juros diretores da maior economia mundial não irão aumentar antes de a economia norte-americana mostrar sinais claros de total recuperação face aos efeitos económico-sociais provocados pela crise pandémica.
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