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Poroshenko: Condições russas para o conflito na Ucrânia são "inaceitáveis"

A cimeira de Minsk, onde líderes mundiais tentam encontrar uma solução para o conflito ucraniano, foi interrompida sem "boas notícias" devido às condições "inaceitáveis" que a Rússia está a impor, disse à AFP o Presidente ucraniano Petro Poroshenko.

12 de Fevereiro de 2015 às 08:18
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"Infelizmente ainda não há boas notícias. Há condições que considero inaceitáveis", disse Poroshenko, recusando dar mais pormenores.

 

"O processo [negocial] continua", acrescentou.

 

As declarações do Presidente ucraniano vão no sentido contrário às de uma fonte diplomática que tinha anteriormente dito à AFP que um acordo de paz estava no horizonte.

 

"Há esperança que um acordo seja assinado pelo grupo [trilateral] de contacto", composto por representantes da Rússia, Ucrânia, Organização para a Segurança e Cooperação na Europa e rebeldes pró-Moscovo, indicou a fonte.

 

Segundo fontes citadas pela agência russa Interfax, na reunião foi elaborado um documento que será assinado pelo Grupo de Contacto para a Ucrânia, texto que, contudo, não é conhecido, mas que alguns meios de comunicação dizem prever um cessar-fogo dentro de 48 horas.

 

"Guerra de nervos"

 

A Ucrânia definiu hoje as 'maratonas negociais' em Minsk como "uma guerra de nervos", referindo-se ao encontro dos seus líderes com os da Rússia, Alemanha e França, com o objectivo de encontrar uma solução para o conflito ucraniano.

 

"Creio que ainda nos faltam umas cinco ou seis horas, no mínimo. Agora entrámos numa guerra de nervos", escreveu Valeriy Chaly, chefe da Administração Presidencial ucraniana, na sua página de Facebook.

 

O assessor do Presidente ucraniano, Petró Poroshenko, acrescentou: "Na minha opinião, não podemos sair de Minsk sem um acordo sobre um claro cessar-fogo".

 

Poroshenko, o Presidente russo, Vladimir Putin, o líder francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, estão há quase nove horas no Palácio da Independência em Minsk.

 

Segundo fontes oficiais, os líderes estão reunidos sem assessores de modo a promover a aproximação e, assim, encontrar mais facilmente uma solução para o conflito, que tem assistido a uma escalada de violência.

 

Os ministérios dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia e da Alemanha catalogaram as negociações de "difíceis". Já o chefe da diplomacia russa, Serguéi Lavrov, classificou-as de "muito produtivas".

 

 

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