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Pelo menos 95 mortos e 150 feridos em explosões no Afeganistão

Washington atribuiu os atentados ao ramo afegão do grupo extremista Estado Islâmico e disse que um bombista suicida se fez explodir na quinta-feira, num dos acessos do aeroporto de Cabul.

Reuters
27 de Agosto de 2021 às 09:59
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Pelo menos 95 pessoas morreram e 150 ficaram feridas no duplo atentado bombista perpetrado na quinta-feira pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI) no aeroporto de Cabul, indicou esta sexta-feira um novo balanço. Uma fonte oficial, citada pela agência de notícias espanhola EFE, que pediu para não ser identificada para avançar o número de vítimas, escusou-se a dar outros pormenores.


O balanço anterior dava conta de pelo menos 60 mortos e 140 feridos, na maioria afegãos que tentavam embarcar em voos dos países aliados, que também sofreram baixas. Washington atribuiu os atentados ao ramo afegão do grupo extremista Estado Islâmico (EI) e disse que um bombista suicida se fez explodir na quinta-feira, num dos acessos do aeroporto de Cabul, denominado Abbey Gate, e pouco depois um segundo ativou um engenho explosivo perto do Hotel Baron, nas imediações do aeródromo.


Na sequência dos dois atentados suicidas, combatentes do EI, que no Afeganistão é considerado inimigo dos talibãs, abriram fogo contra civis e militares na zona. Posteriormente, um comunicado divulgado pela agência de propaganda, Amaq, o Estado Islâmico da Província de Khorasan (ISKP, na sigla em inglês) afirmou que um dos seus combatentes passou "todas as fortificações de segurança" e colocou-se a menos de "cinco metros de militares norte-americanos", tendo então detonado o cinto de explosivos.


O comunicado só mencionou um bombista suicida e apenas uma bomba. Os talibãs conquistaram Cabul em 15 de agosto, concluindo uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.

As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista (1996-2001), que acolhia no território o líder da Al-Qaida, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. A tomada da capital pôs fim a uma presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e aliados na NATO, incluindo Portugal.

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