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Grupo de 37 afegãos chegou hoje a Portugal
Este grupo junta-se a um outro de 24 cidadãos afegãos, e suas famílias, que colaboraram com as forças portuguesas que nos últimos anos estiveram em missão no Afeganistão, no aeroporto da capital.
Um grupo de 37 refugiados afegãos, retirados de Cabul nos últimos dias, chegou hoje a Lisboa, disse à Lusa fonte do Ministério da Defesa Nacional.
Um primeiro grupo, de 18 pessoas, chegou ao aeroporto de Lisboa durante a madrugada em voo fretado e o segundo, de 19, aterrou em Lisboa, já hoje de manhã, num avião C295 da Força Aérea, acrescentou a mesma fonte.
Estes grupos juntam-se a um outro de 24 cidadãos afegãos, e suas famílias, que colaboraram com as forças portuguesas que nos últimos anos estiveram em missão no Afeganistão, no aeroporto da capital.
No total, Portugal recebeu, até agora, 61 refugiados afegãos.
A retirada deste grupo de afegãos segue-se à tomada do poder, em Cabul, dos talibãs, que levou milhares de pessoas a aglomerar-se no aeroporto para tentar deixar o país.
Os 24 cidadãos afegãos que trabalharam com as Forças Nacionais Destacadas portuguesas para o Afeganistão, assim como os seus familiares, chegaram na sexta-feira, por volta das 21:15, ao aeroporto de Lisboa, em resultado de uma missão de resgate feita por quatro militares portugueses que estiveram em Cabul.
No total, segundo o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, terão sido retirados 58 cidadãos afegãos, que chegam a Portugal entre hoje e domingo.
Os quatro militares portugueses encontravam-se em Cabul desde quarta-feira de madrugada, tendo como missão apoiar a retirada de cidadãos afegãos, após a tomada do poder pelos talibãs.
Pelo menos 170 pessoas morreram e 150 ficaram feridas no atentado suicida perpetrado na quinta-feira pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI) no aeroporto da capital afegã.
Os talibãs conquistaram Cabul em 15 de agosto, concluindo uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.
As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista (1996-2001), que acolhia no território o líder da Al-Qaida, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.
A tomada da capital pôs fim a uma presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e aliados na NATO, incluindo Portugal.