Notícia
Mais de 100 mil pessoas retiradas do Afeganistão desde 14 de agosto
Cerca de 5.100 pessoas saíram de Cabul, na quinta-feira, em 14 voos militares norte-americanos e 39 voos da coligação militar internacional transportaram cerca de 2.400, acrescentou.
O mesmo funcionário indicou que só na quinta-feira, dia em que o aeroporto de Cabul foi alvo de um duplo atentado que causou pelo menos 60 mortos e 140 feridos, foram retiradas 7.500 pessoas.
Cerca de 5.100 pessoas saíram de Cabul, na quinta-feira, em 14 voos militares norte-americanos e 39 voos da coligação militar internacional transportaram cerca de 2.400, acrescentou.
Os Estados Unidos atribuíram o atentado ao ramo afegão do grupo extremista Estado Islâmico (EI) e disseram que um bombista suicida se fez explodir na quinta-feira, num dos acessos do aeroporto de Cabul, denominado Abbey Gate, e pouco depois um segundo ativou um engenho explosivo perto do Hotel Baron, nas imediações do aeródromo. Na sequência dos dois atentados suicidas, combatentes do EI, que no Afeganistão é considerado inimigo dos talibãs, abriram fogo contra civis e militares na zona.
Posteriormente, num comunicado divulgado pela agência de propaganda, Amaq, o Estado Islâmico da Província de Khorasan (ISKP, na sigla em inglês) afirmou que um dos seus combatentes passou "todas as fortificações de segurança" e colocou-se a menos de "cinco metros de militares norte-americanos", tendo então detonado o cinto de explosivos. O comunicado só mencionou um bombista suicida e apenas uma bomba.
Num discurso à nação, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu que o país não vai perdoar, nem esquecer estes ataques e garantiu que as forças norte-americanas vão cumprir a missão no aeroporto na capital afegã para retirar pessoas e terminar a retirada das tropas, até à data prevista de 31 de agosto. Biden afirmou que os ataques desta tarde eram esperados e acrescentou ser provável que estejam a ser preparados mais ataques terroristas.
Os talibãs conquistaram Cabul em 15 de agosto, concluindo uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.
As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista (1996-2001), que acolhia no território o líder da Al-Qaida, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.
A tomada da capital pôs fim a uma presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e aliados na NATO, incluindo Portugal.