Joe Biden aterrou esta quarta-feira de manhã em Telavive onde foi recebido com um abraço de Benjamin Netanyahu. À chegada, nenhum fez qualquer declaração mas, numa posterior conferência de imprensa conjunta, o Presidente norte-americano começou por sublinhar a solidariedade com Israel.
"O grupo terrorista Hamas massacrou mais de mil pessoas e fez reféns. Imaginem o que estão aquelas crianças a pensar?", questionou Biden, referindo-se às crianças raptadas pelo grupo.
"Os americanos estão de luto convosco e estão preocupados. Este não é um cenário fácil de navegar, aquele que vocês têm pela frente", disse.
Sobre o ataque a um hospital em Gaza, onde morreram pelo menos 500 pessoas e cuja responsabilidade ainda não é clara, Joe Biden disse estar "profundamente entristecido e indignado".
"Com base no que vi, parece que foi provocado pelo outro lado, não por vocês", afirmou, defendendo as alegações do exército israelita, que tem garantido que o massacre foi provocado por um foguete falhado da Jihad Islâmico, o que é refutado por várias organizações não-governamentais e pelo próprio grupo palestiniano.
Já primeiro-ministro israelita agradeceu a Biden pela "cooperação sem precedentes" entre os dois países e referiu ao Presidente dos Estados Unidos que os crimes do Hamas já terão provocado a morte de mais de 1.400 pessoas, incluindo crianças.
"O Hamas matou crianças à frente dos seus pais e matou pais à frente dos seus filhos. Queimaram pessoas vivas. Violaram e mataram mulheres. Decapitaram soldados", disse Benjamin Netanyahu.
Depois reforçou: "Num país com menos de 10 milhões de pessoas, isto seria o equivalente a morrerem 50 mil americanos por dia. São vinte 11 de setembro".
"Tal como o mundo civilizado se uniu para derrotar os Nazis e para derrotar o Estado Islâmico, o mundo civilizado tem de unir-se para derrotar o Hamas", apelou.