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Ikea e Walmart entre as centenas de empresas que pedem a Trump travão nas tarifas à China
São 661 as empresas e as associações que subscrevem uma carta dirigida a Trump, na qual pedem que este opte por voltar à mesa de negociações e desista de aplicar novas tarifas à China.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu uma carta assinada por centenas de empresas e associações que apelam a que não sejam impostas novas tarifas sobre as importações chinesas.
Entre as 661 empresas e associações que subscreveram a missiva encontram-se as retalhistas Ikea, Walmart, Target e J Crew. As associações estendem-se desde grupos de retalhistas, locais e nacionais, até fabricantes dos mais diferentes produtos.
A carta é intitulada "As tarifas prejudicam o coração do território" ("tariffs hurt the heartland") e, apesar do apoio concedido ao Governo no combate a "práticas de comércio injustas", as empresas consideram que "tarifas adicionais terão um impacto significativo, negativo e de longo prazo", que afetará tanto os negócios como a economia americana no seu todo.
A sustentar este ponto de vista, os assinantes citam um estudo da Trade Partnership Worldwide, que defende que avançar com tarifas de 25% sobre mais 300 mil milhões de dólares de importações, em conjugação com as tarifas já implementadas e respetiva retaliação, resultará na perda de mais de 2 milhões de empregos nos Estados Unidos, sobrecarregará as famílias americanas com custos de mais de 2.000 dólares em média e reduzirá o PIB norte-americano em 1%.
Apresentados os receios, as empresas reforçam a concordância com os objetivos do Governo de "equilibrar o jogo" comercial mas sublinham a visão de que "a guerra comercial não serve os melhores interesses" do país, pelo que insistem que a administração de Trump "volte para a mesa de negociações e trabalhe com os aliados para desenvolver soluções".
A carta, apesar de dirigida em particular a Donald Trump, termina com uma lista de outros responsáveis que se pretende terem também conhecimento do conteúdo: Robert Lightzer, o representante do Comércio, Steven Mnuchin, secretário do Tesouro, Wilbur Ross, secretário do Comércio, Sonny Perdue, secretário da Agricultura e Larry Kudlow, do Conselho Económico.