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EUA adiam decisão sobre tarifas às importações do sector automóvel
A imposição de tarifas sobre o sector automóvel europeu está com dificuldade em avançar. Dentro da administração de Trump, várias vozes se manifestaram contra o plano esta terça-feira, ditando o adiamento de uma posição dos EUA.
A decisão de considerar as importações de automóveis e de componentes de veículos uma ameaça à segurança nacional dos EUA – e, consequentemente, elevar as taxas aplicadas, foi, para já, suspensa.
A administração de Trump reuniu esta terça-feira para discutir o avanço destas medidas. Contudo, de acordo com o Financial Times, esta hipótese inquietou os diplomatas e grupos de negócio em Washington, pelo que alguns oficiais obstaram o plano e este não deverá progredir nas próximas semanas.
Entre as vozes que se opuseram ao aumento das taxas sobre as importações de automóveis estiveram o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, o responsável pelo Conselho Económico Nacional, Larry Kudlow e o representante dos EUA para as trocas comerciais, Robert Lighthizer. Este último argumentou que a imposição de tarifas iria prejudicar a união com os aliados tradicionais do país, alianças úteis no confronto comercial com a China.
A Comissária Europeia para o Comércio, Cecilia Malmstrom, já se pronunciou em público sobre esta questão no passado mês de Junho, assegurando que caso os Estados Unidos decidam avançar com penalizações ao sector automóvel do Velho Continente, o bloco responderá com medidas de retaliação.