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Economia dos EUA entrou em recessão em fevereiro, mas já está a encarrilar

O comité dos ciclos económicos, da esfera do National Bureau of Economic Research norte-americano, diz que teve início uma recessão em fevereiro, depois de 128 meses de expansão.

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Andrew Harrer
08 de Junho de 2020 às 19:23
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O National Bureau of Economic Research (NBER) dos EUA, que decreta (não oficialmente) os ciclos económicos do país, refere nos seus dados mais recentes que o pico da atividade económica norte-americana ocorreu em fevereiro de 2020.

 

Segundo os dados deste instituto, esse pico marcou o fim da expansão que começou em junho de 2009 (tendo, por isso, durado 128 meses, naquela que foi a mais longa expansão da economia dos EUA, superando os 120 meses de 1991 a 2001) – dando assim início a um período de recessão.

"A magnitude sem precedentes da queda do emprego e da produção, e a sua ampla abrangência em toda a economia, conferem a designação de recessão a este episódio, mesmo que acabe por ser mais curta do que contrações anteriores", refere o NBER.

 

Normalmente, sublinha a CNN, os economistas definem uma recessão como trimestres consecutivos de crescimento negativo. Os EUA já registaram um trimestre de contração da economia, com o PIB a cair 5% entre janeiro e março deste ano.

 

O NBER decidiu não esperar por um segundo trimestre de economia em contração, se bem que se espere que isso ainda possa acontecer no atual período de abril a junho.

 

De qualquer das formas, apesar de o país ter entrado em convulsão – primeiro devido à pandemia de covid-19 e depois com os protestos contra a violência policial – e de a quebra da atividade económica ter feito recear o pior, neste momento o cenário mostra-se mais risonho.

 

Pela primeira vez em três meses, há algum otimismo no ar, muito à conta dos dados do mercado laboral na passada sexta-feira.

 

Ao contrário do que se esperava, a economia norte-americana criou 2,5 milhões de empregos em maio, depois de ter sofrido perdas recorde no mês anterior, o que reforçou a expectativa de que a contração desencadeada pela covid-19 possa estar em fase de retrocesso.

 

A taxa de desemprego caiu para 13,3%, contra 14,7% em abril – percentagem que tinha sido um máximo do pós-Segunda Guerra Mundial.

 

Além disso, as empresas estão a reabrir, neste período de desconfinamento gradual, e o número de mortos por covid-19 tem vindo a diminuir.

 

Na semana passada, a expectativa de que a economia norte-americana possa estar a encarrilar esteve já a animar grandemente os investidores e o Standard & Poor’s 500 está a apenas 0,59% de entrar em terreno positivo no acumulado do ano.

 

O colapso da atividade económica desencadeou problemas que ainda vão demorar tempo a serem resolvidos. Ainda assim, neste momento impera um maior otimismo no país.

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