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CEO é banido do Twitter por insistir em vitória de Trump
O Twitter baniu Mike Lindell, CEO da empresa de roupas de cama My Pillow, que causou controvérsia ao escrever repetidamente na rede social que Donald Trump foi o verdadeiro vencedor das eleições presidenciais nos EUA.
A plataforma decidiu suspender Lindell permanentemente após o executivo infringir diversas vezes a política de integridade cívica, afirmou um porta-voz. O Twitter invocou essa política anteriormente para combater a circulação de informações falsas sobre a votação, incluindo a suspensão do próprio Donald Trump e de mais de 70.000 contas dedicadas à partilha de teorias da conspiração, principalmente do movimento QAnon. O porta-voz não deu mais detalhes sobre a decisão.
Os pedidos de boicote dos produtos My Pillow nas redes sociais aumentaram depois de Lindell, defensor de Trump de longa data, continuar a insistir que a eleição foi fraudulenta, mesmo após a invasão do Capitólio ter resultado em várias mortes. Bed Bath & Beyond, Kohl’s, HEB Grocery e Wayfair estão entre as empresas que estão a abandonar os produtos da marca, informou Lindell.
"Não vou recuar sobre essas máquinas que roubaram a nossa eleição", afirmou o executivo em entrevista recente à Business Insider, referindo-se a acusações de fraude nas máquinas de votação. "Nunca vou mudar a minha opinião sobre isso. Não vou implorar para não me boicotarem."
Os tribunais derrubaram várias vezes as iniciativas judiciais de Trump para tentar anular os resultados da eleição e não foi apresentada nenhuma evidência de fraude generalizada. Tal não impediu o ex-presidente e os seus apoiantes de usar as alegações para angariar apoio e arrecadar recursos.
A decisão da Bed Bath & Beyond vai no seguimento da movimentação de outras retalhistas nos últimos anos, que deixaram de vender produtos afiliados a Trump à medida que as polémicas em torno do então presidente se agravaram. A manifestação no Capitólio em defesa de Trump levou grandes retalhistas, incluindo Walmart, Amazon.com e Best Buy, a cancelar contribuições a parlamentares republicanos que votaram contra a certificação da vitória eleitoral do presidente Joe Biden.