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Centeno admite que abrandamento económico pode durar "um pouco mais"

O presidente do Eurogrupo, em entrevista à Bloomberg, reconhece existirem motivos para apreensão devido à acumulação de riscos, o que poderá fazer com que o arrefecimento da economia europeia se prolongue por mais tempo do que inicialmente previsto.

23 de Janeiro de 2019 às 11:24
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Em Davos para participar no Fórum Económico Mundial, Mário Centeno mostra-se preocupado com o avolumar de sinais que apontam para o abrandamento da economia global e avisa que este arrefecimento económico pode prolongar-se "um pouco mais".

Em entrevista concedida à agência Bloomberg, à margem do evento que decorre em Davos, na Suíça, o presidente do Eurogrupo alertou para a possibilidade de o abrandamento da economia europeia durar mais do que o esperado, sobretudo devido à acumulação de riscos originados ao nível político como o Brexit ou a disputa comercial entre os Estados Unidos e a China.

"Pensámos que algum do abrandamento poderia ser temporário, por exemplo na indústria alemã", afirmou esta quarta-feira, 23 de Janeiro, o também ministro português das Finanças. No entanto, este arrefecimento económico "parece que vai durar um pouco mais" do que o previsto.

A apreensão quanto ao abrandamento da economia global acentuou-se esta semana depois de o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter revisto em baixa as estimativas para a evolução do PIB mundial, projetando que em 2019 seja registado o crescimento mais baixo em três anos.

Esta revisão é particularmente acentuada para a economia alemã, o principal motor da Zona Euro, que o FMI vê agora crescer apenas 1,3% no presente ano, menos 0,6 pontos percentuais do que anteriormente estimado.

"Temos de estar todos um pouco preocupados com estes desenvolvimentos. A maior parte dos riscos que têm vindo a ser acumulados nos últimos meses têm origem política", acrescentou Mário Centeno.

Apesar do impasse em torno da saída britânica da União Europeia, Centeno considera haver apenas "uma pequena probabilidade" de o Brexit ser concretizado sem acordo prévio sobre os termos do divórcio. E mesmo insistindo na necessidade de evitar um cenário de saída sem acordo, o governante português insiste que Bruxelas está a preparar-se para todas as eventualidades.

Depois da disputa entre o governo eurocético italiano e a Comissão Europeia a propósito do orçamento expansionista aprovado em Itália, Centeno considera que o país terá resiliência a choques se os pressupostos e metas orçamentais forem cumpridas.

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