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Trump e Putin com encontro marcado para sexta-feira

O encontro entre os dois líderes poderá ocorrer na próxima sexta-feira, à margem da cimeira do G20 em Hamburgo, na Alemanha, depois de meses de suspeitas de intervenção de Moscovo na campanha que deu a vitória a Trump.

Se os últimos dias de Obama foram marcados por uma crescente tensão com Moscovo, os primeiros de Trump vieram confirmar o desejo de uma aproximação. Um dos primeiros telefonemas oficiais, no final de Janeiro, foi para o Kremlin. A conversa com Putin versou sobre o combate ao terrorismo. A proximidade tem suscitado polémica, que remonta ao período da campanha. O primeiro director, Paul Manafort, demitiu-se após a notícia de ligações a Moscovo. Os contactos com a Rússia provocaram a queda do conselheiro de Segurança Nacional, Michael Flynn, e no domingo surgiram notícias que envolvem outras figuras próximas do Presidente. Na Europa, teme-se que Trump ponha fim, unilateralmente, às sanções decretadas após o apoio militar da Rússia aos rebeldes  na Ucrânia.
reuters
04 de Julho de 2017 às 13:40
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Depois de meses de controvérsia sobre a possível intervenção de responsáveis russos nas eleições presidenciais norte-americanas que deram a vitória a Donald Trump, o presidente norte-americano e o seu homólogo russo Vladimir Putin têm o seu primeiro encontro marcado para o final desta semana.

A reunião deverá ter lugar em Hamburgo, Alemanha, à margem da cimeira do G20 que decorrerá naquela cidade.

A confirmação da preparação do encontro foi feita esta terça-feira, 4 de Julho, pelo conselheiro político de Putin, Yuri Ushakov. "Foi acordada uma data, 7 de Julho," afirmou aquele responsável a agências noticiosas internacionais russas, nomeadamente a RIA. 

Cerca de uma hora depois, a Casa Branca confirmou, citada pela Reuters, que Trump terá um "encontro bilateral normal" com o presidente russo.

As relações entre a campanha de Trump e responsáveis russos tem vindo a ser investigada pelo FBI, com Trump a negar a existência de qualquer conluio tendo em vista influenciar o resultado das eleições de 8 de Novembro passado.

Durante a campanha, várias mensagens de e-mail ligadas à candidata democrata, Hillary Clinton, foram publicamente reveladas depois de obtidas através de pirataria informática, alegadamente levada a cabo a partir da Rússia e com intervenção dos serviços secretos e divulgadas pelo WikiLeaks.

Também o Kremlin tem negado qualquer intervenção na política norte-americana, nomeadamente notícias que davam conta de que o regime russo teria na sua posse informação comprometedora sobre Trump. Putin voltou a negá-lo no mês passado.

O primeiro encontro formal entre Trump e responsáveis russos - em Maio, com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov - ficou marcado por polémica, com a alegada transmissão a Moscovo de informação secreta que teria sido obtida por aliados dos norte-americanos, nomeadamente Israel.

A possível influência russa tem marcado os quase seis meses de presidência de Trump, que viu afastar-se um conselheiro de segurança - Michael Flynn - por alegadas ligações não declaradas a Moscovo e demitiu o director do FBI, James Comey, à frente da agência que lidera a investigação sobre a eventual influência russa na campanha.

Pelo menos um ano antes das eleições, segundo a CNN, o FBI estava de olho nas relações entre o director de campanha do republicano, Paul Manafort, e figuras próximas de Putin, bem como da ligação entre o seu conselheiro Carter Page e indivíduos abrangidos pelas sanções norte-americanas à Rússia no pós-anexação da Crimeia. Roger Stone, apoiante de Trump, também terá sido investigado pelas suas relações com o WikiLeaks.

(Notícia actualizada às 15:05 com reacção da Casa Branca)
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