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Maduro acusa EUA de ataque ao poder e activa plano de defesa

O Presidente da Venezuela acusou na terça-feira Washington de querer "assaltar o poder político" venezuelano e activou um plano de defesa para garantir a ordem interna e a estabilidade social no país.

Reuters
19 de Abril de 2017 às 07:31
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"O departamento de Estado dos Estados Unidos ordenou uma ataque contra o Governo revolucionário e instituições venezuelanas, para aprovar uma intervenção imperialista e submeter o nosso país a uma nova escravidão", declarou Nicolas Maduro.

O anúncio da activação do Plano estratégico especial cívico militar realizou-se no palácio presidencial de Miraflores, durante uma reunião de Governo.

Maduro sublinhou que os Estados Unidos são governados por extremistas, que "querem sujeitar" os povos "a mandados imorais".

"Há uma razão de carácter geopolítico na região. É a ascensão ao poder político, nos organismos-chave da administração norte-americana, da extrema direita, que usa métodos bélicos, golpistas, intervencionistas, como forma e 'modus operandi' no mundo", afirmou.

Em organismos fundamentais "estão extremistas e nos Estados Unidos regista-se uma espécie de caos nas instâncias fundamentais que comandam", acrescentou.

Para o chefe de Estado venezuelano, este extremismo surgiu com a chegada de Donald Trump ao poder.

Nicolas Maduro acusou a oposição de querer "impedir a recuperação económica" do país, de ter fracassado no parlamento, onde detém, desde Dezembro de 2015, a maioria, e de ser responsável pela violência na Venezuela.

O chefe de Estado venezuelano afirmou que o presidente do parlamento, Júlio Borges, cometeu um "delito contra a Constituição", ao pedir, na terça-feira, às Forças Armadas Venezuelanas (FAV) para que reflictam sobre "o papel" que desempenham no país, e pedindo que termine a repressão dos protestos.

Borges vai ser processado por ter instigado "abertamente um golpe de Estado", disse Maduro.
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