A EuroAtlantic Airways anunciou a rescisão do contrato que tinha em vigor com a LAM – Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), através do qual operava a rota Maputo.

A companhia, que presta serviços de "wet-leasing" e voos charter, diz que a decisão se deve "ao incumprimento da LAM no pagamento das suas substanciais dívidas financeiras".

Esta tomada de posição da EuroAtlantic Airways surge após LAM ter comunicado, a 23 de fevereiro,  a decisão de suspender as rotas intercontinentais para Lisboa e as regionais para Lusaca e Harare por questões financeiras.

A companhia de bandeira moçambicana apresenta um prejuízo acumulado na ordem dos 21,3 milhões de dólares (20 milhões de euros).

A EuroAtlantic Airwayz, em comunicado, explica que "apenas foi informada da suspensão repentina de todos os serviços nesta rota a 11 de fevereiro de 2025"  e que "mantém o compromisso de proteger os seus interesses comerciais e tomará todas as medidas legais e comerciais necessárias para garantir uma conclusão ordenada do contrato vigente".

Alberto Cossa, porta-voz da LAM, explicou que a ligação Maputo-Lisboa, reintroduzida em dezembro de 2023 pela companhia após uma suspensão de 13 anos, apresentava resultados financeiros desastrosos, materializados num prejuízo estimado em 21 milhões de dólares.

"Confiamos que a LAM irá liquidar, com a máxima urgência, as suas obrigações financeiras pendentes. No entanto, continuamos naturalmente disponíveis para apoiar a LAM no futuro, à medida que a situação evolui, e esperamos poder reforçar a relação que ambas as partes construíram ao longo dos últimos anos", afirma Stewart Higginson, CEO da EuroAtlantic Airways, no referido comunicado.