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Marcelo relativiza congelamento de visitas a Angola e afasta más notícias
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, relativizou hoje o congelamento das visitas de alto nível a Angola, manifestando-se convicto de que as relações bilaterais só vão melhorar e afastando más notícias.
Em resposta aos jornalistas, à saída da Escola Secundária de Camarate, no concelho de Loures, onde esteve à conversa com alunos durante perto de duas horas, o chefe de Estado considerou que "correu muito bem" o encontro de terça-feira entre o primeiro-ministro, António Costa, e o Presidente de Angola, João Lourenço, em Davos, na Suíça, e afirmou que "não vai haver más notícias no futuro".
Confrontado com o facto de estarem congeladas as visitas de alto nível a Angola, Marcelo Rebelo de Sousa contrapôs que "o que o que os portugueses querem saber, e os angolanos, é se, sim ou não, as relações dos povos, as relações económicas, as relações sociais, o que toca na vida das pessoas melhora, continua como tem sido, ou piora".
"E a resposta está dada: não pode deixar de melhorar no futuro, porque é isso que é assumido pelos dois países. Isso é que é verdadeiramente importante. Os governantes estão ao serviço dos povos", defendeu.
O Presidente da República argumentou que "seria preocupante é se houvesse algum problema em termos de relacionamento económico, relacionamento financeiro, relacionamento social, relacionamento cultural, relacionamento diplomático".
"Não há, não vai haver. Não vai haver", repetiu Marcelo Rebelo de Sousa, afirmando que não há motivo para as pessoas estarem preocupadas com a possibilidade de "más notícias no futuro", porque "não vai haver más notícias no futuro".
Na terça-feira, o Presidente da República já tinha desdramatizado o estado das relações entre os Estados português e angolano a propósito do processo judicial em Portugal que envolve o ex-vice-presidente de Angola Manuel Vicente.
Em declarações aos jornalistas, em Cascais, Marcelo Rebelo de Sousa alegou que o relacionamento político e diplomático entre Portugal e Angola "não podia ser melhor" e disse que é feito de "múltiplos contactos", alguns mais públicos e formais, outros menos, todos importantes.
Hoje, reiterou esta mensagem e, questionado sobre o encontro entre o primeiro-ministro, António Costa, e o Presidente de Angola, João Lourenço, em Davos, onde decorre o Fórum Económico Mundial, respondeu: "Aquilo que eu sei, que sabemos todos, é que correu muito bem essa reunião".
"O senhor primeiro-ministro já o disse, correu muito bem, o que significa que não há nenhum problema relativamente aos trabalhadores portugueses em Angola e angolanos em Portugal, não há nenhum problema, nem haverá, quanto a empresas e empresários, não há nenhum problema nem haverá quanto a cidadãos, quanto a instituições, quanto ao dia a dia do relacionamento entre os países - isso é muito importante, em termos políticos e em termos diplomáticos", acrescentou.