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João Lourenço: "Temos muito sol a desperdiçar-se"

Presidente angolano está em Washington, onde defendeu a relevância de África nas questões energéticas e classificou a corrupção como uma questão de segurança nacional.

João Lourenço já concedeu duas garantias de Estado ao Grupo Carrinho.
Ampe Rogério/Lusa
14 de Dezembro de 2022 às 11:14
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O Presidente de Angola, João Lourenço, defendeu que África deve ter um papel relevante na ordem energética que está a ser desenhada fruto da invasão da Ucrânia pela Rússia.

"Nós contamos para a economia mundial e, por contarmos, acreditamos que África possa ser também parte da solução para os grandes problemas atuais como os ligados à geração de energia", declarou o chefe de Estado angolano na segunda feira, dia 13 de dezembro, em Washington, durante um debate no congresso norte-americano promovido pelo Exim Bank, banco norte-americano para as importações e exportações no âmbito da cimeira EUA-África.

O líder angolano disse que África é o "continente do presente". "Nós em África temos muito sol a desperdiçar-se, que se aproveita muito pouco, para a praia, mas é preciso fazer mais, usar essa vantagem natural para se produzir energia abundante", sublinhou.


Um dos objetivos desta ação passa por atrair investimento. Por isso, num encontro que reuniu a alta finança, empresários e gestores de topo, João Lourenço defendeu que "África conta para a economia global" e que é "uma questão de justiça incluir o continente no seio do G 20", tal como defendeu recentemente Joe Biden, Presidente dos EUA.

João Lourenço também não fugiu ao tema da corrupção, o elefante que surge na sala sempre que se fala de investimento no continente africano. O líder angolano afirmou que combate à corrupção como uma questão de segurança nacional, explicando que "quando os recursos que são de todos acabam desencaminhados para os bolsos de uns poucos, prejudicando o investimento do Estado em infraestruturas, equipamentos sociais como hospitais, estradas, pontes, escolas, isso leva ao descontentamento da população, a revoltas, a golpes de estado e outros males e riscos, pondo em causa a estabilidade do país".

O chefe de Estado fez questão de sublinhar que o fenómeno corrupção "existe em toda a parte, é inerente à dinâmica da economia de mercado, mas o que é preciso que aconteça sempre é que não se tolere a impunidade; apoderar-se dos recursos públicos, que pertencem a todos e não acontecer nada, isso é que é mau", concluiu.

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