Notícia
Presidente do IPO do Porto saiu em liberdade do tribunal com caução de 20 mil euros
Laranja Pontes saiu em liberdade do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, este sábado, pelas 20:20, mas vai ter de pagar uma caução de 20 mil euros.
O presidente do IPO do Porto, Laranja Pontes, saiu em liberdade do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, este sábado, pelas 20:20, mas vai ter de pagar uma caução de 20 mil euros, informou fonte judicial.
Em declarações à porta do TIC, Laranja Pontes, que desde hoje é um homem reformado, emocionou-se ao falar do "enxovalho" de que disse ter sido vítima a sua filha, atual chefe de gabinete na Câmara de Matosinhos.
Na base da saída está, segundo fonte judicial, o facto de o "Ministério Público ter pedido a suspensão das funções, a proibição de contactos com outros arguidos e funcionários do IPO e uma caução carcerária de 20 mil euros, o que foi aceite pela defesa".
"Fui restituído à liberdade e as medidas de coação serão conhecidas na próxima segunda-feira", acrescentou o arguido que saiu do TIC pelo próprio pé, acompanhado pelo advogado Pedro Ávila, no final do dia em que esteve a ser interrogado cerca de quatro horas.
Laranja Pontes foi ouvido no âmbito do caso conhecido por "Teia", que se centra nas autarquias de Santo Tirso e Barcelos bem como no Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, relacionando-se com "viciação fraudulenta de procedimentos concursais e de ajuste direto", segundo um comunicado da Diretoria do Norte da Polícia Judiciária, o órgão de polícia criminal que apoia o Ministério Público nesta investigação.
Detidos pela Polícia Judiciária na quarta-feira, no âmbito desta operação, foram os presidentes das câmara de Barcelos, Miguel Costa Gomes, e de Santo Tirso, Joaquim Couto, o presidente do IPO/Porto, Laranja Pontes, e a empresária Manuela Couto, mulher de Joaquim Couto, administradora da W Global Communication, que já tinha sido constituída arguida em outubro, no âmbito da operação Éter, relacionada com o Turismo do Norte.
A saída de Laranja Pontes coincidiu com a pausa para jantar, ficando para mais tarde a decisão em torno dos restantes três arguidos.