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Miguel Macedo: "Permanente incerteza" é desfavorável a Portugal

O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, disse hoje ser desfavorável a Portugal a "permanente incerteza" que se vive com os chumbos do Tribunal Constitucional.

08 de Junho de 2014 às 16:46
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"Não é bom para ninguém: não é bom para a população, não é bom para o país, não é bom para a percepção internacional do país esta permanente incerteza sobre como se desenvolve, em domínios tão relevantes como este, a vida em Portugal", disse aos jornalistas em Sernancelhe, onde hoje inaugurou a reabilitação do posto da GNR.

 

Miguel Macedo mostrou-se convencido de que o Governo vai "ultrapassar mais estas contrariedades e estas dificuldades", mas considerou que esta matéria "deve ser objeto de reflexão".

 

"Julgo que tínhamos todos a ganhar - actividade económica, particulares - em ter um quadro muito mais estabilizado do aquele que temos tido em relação a esta matéria", frisou.

Segundo o ministro, "o governo está concentrado naquilo que tem de fazer que é trabalhar, resolver os problemas".

 

"Esta foi mais uma contrariedade e mais uma dificuldade, não se esconde isso. Cabe-nos a nós a responsabilidade de as ultrapassar", acrescentou.

 

O TC chumbou, a 30 de maio, três dos quatro artigos em análise do Orçamento do Estado para 2014, incluindo os cortes dos salários dos funcionários públicos acima dos 675 euros.

 

No entanto, em relação a este artigo os juízes determinaram que os efeitos do chumbo se produzem "à data do presente acórdão", ou seja sem efeitos retroactivos.

 

Os juízes consideraram ainda inconstitucional o artigo 115.º, que aplica taxas de 5% sobre o subsídio de doença e de 6% sobre o subsídio de desemprego, e o artigo 117.º, que altera o cálculo das pensões de sobrevivência. Já o artigo 75.º, que reduz os complementos de pensão no sector empresarial do Estado, foi considerado conforme à Constituição.

 

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