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Escritor fantasma de Sócrates vai avaliar candidatos a magistrados
Domingos Soares Farinho foi nomeado membro do júri das orais aos candidatos ao Centro de Estudos Judiciários ao mesmo tempo que está a ser investigado pelo Ministério Público pelos crimes de peculato e falsificação de documento
Negócios
14 de Maio de 2018 às 12:50
Investigado por peculato e falsificação de documentos, por suspeitas de ter sido o verdadeiro autor da tese de José Sócrates que deu origem ao livro "A Confiança no Mundo", o professor de Direito Domingos Soares Farinho vai integrar o júri das orais aos novos candidatos ao Centro de Estudos Judiciários (CEJ), a escola de magistrados. Foi o próprio director do CEJ, João Silva Miguel, quem através do Aviso 5091/2018, fixou a composição do júri para as "provas da fase oral e da avaliação curricular" do 34º Curso de Formação de Magistrados.
Segundo a Sábado, Domingos Soares Farinho foi investigado no âmbito da Operação Marquês por suspeitas de ter recebido 100 mil euros, através de uma sociedade de Rui Mão de Ferro, para redigir a tese de José Sócrates. Também a sua mulher, a advogada Jane Kirkby, recebeu montantes com a mesma origem. Ambos foram ouvidos como testemunhas na Operação Marquês. Aquando do despacho de acusação, o Ministério Público ordenou a extracção de certidão sobre esta matéria para investigar crimes de peculato (utilização de meios públicos para fins privados) e falsificação de documentos.
Quando foi ouvido no processo,. Domingos Farinho declarou que, quando foi abordado por José Sócrates relativamente à tese, este "já tinha avançado no que viria a ser o primeiro capitulo da tese".
Segundo a Sábado, Domingos Soares Farinho foi investigado no âmbito da Operação Marquês por suspeitas de ter recebido 100 mil euros, através de uma sociedade de Rui Mão de Ferro, para redigir a tese de José Sócrates. Também a sua mulher, a advogada Jane Kirkby, recebeu montantes com a mesma origem. Ambos foram ouvidos como testemunhas na Operação Marquês. Aquando do despacho de acusação, o Ministério Público ordenou a extracção de certidão sobre esta matéria para investigar crimes de peculato (utilização de meios públicos para fins privados) e falsificação de documentos.