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De corrupção a tráfico de influência: acusadas 60 pessoas ligadas a juntas de Lisboa no processo Tutti-Frutti
Fernando Medina já não é arguido no caso. Processo foi arquivado.
O Ministério Público (MP) acusou 60 pessoas, entre elas autarcas de juntas de freguesia de Lisboa, de crimes que vão desde corrupção a tráfico de influência, dando por concluída a investigação do processo Tutti-Frutti.O caso de Fernando Medina foi arquivado, pelo que o ex-presidente da Câmara de Lisboa não irá a julgamento.
O MP suspeitava que Fernando Medina e o antigo deputado do PSD Sérgio Azevedo teriam mantido reuniões e contactos para disponibilizar uma determinada verba para a Associação Amigos do Rugby. Contudo, a investigação não reuniu provas suficientes para submeter Medina a julgamento.Entre os arguidos investigados desde 2016 no processo estão o ex-deputado social-democrata Sérgio Azevedo, o presidente da Junta de Freguesia da Estrela, Luís Newton, o deputado do PSD Carlos Eduardo Reis e o vereador Ângelo Pereira.
O processo de contratação de assessores fantasma na Câmara de Loures, cujo vereador à época era André Ventura, também foi arquivado.A extensa acusação de mais de 1300 páginas, assinadas por quatro procuradores, envolve crimes de corrupção, recebimento indevido de vantagens, tráfico de influências e prevaricação.O despacho de acusação descreve uma série de procedimentos de contratação pública irregular que não se ficam pelas juntas de Lisboa, mencionando também os municípios da Golegã, Ponta Delgada, Póvoa de Lanhoso, Santa Maria da Feira, entre outros.