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Amadeu Guerra continua a liderar investigações à alta finança

O Conselho Superior do Ministério Público renovou, por unanimidade, a comissão de serviço ao procurador-geral adjunto Amadeu Guerra no DCIAP, que abarca investigações sobre Sócrates, Ricardo Salgado e José Veiga.

01 de Março de 2016 às 16:46
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Amadeu Guerra tem autorização para ficar por mais três anos no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), o órgão do Ministério Público que dirige as investigações de maior complexidade.

 

O Conselho Superior do Ministério Público decidiu, esta terça-feira 1 de Março, "renovar a comissão de serviço que o procurador-geral adjunto Amadeu Guerra vem exercendo como director do Departamento Central de Investigação e Acção Penal", assinala o comunicado enviado às redacções.

 

A decisão, tomada por unanimidade, estende por três anos a comissão de serviço de Amadeu Guerra, que tomou posse a 11 de Março de 2013. Na altura, afirmou que este seria, "sem dúvida", o "maior desafio" da carreira. Guerra entrou em substituição de Cândida Almeida, que, também teve agora a sua comissão de serviço prolongada no Supremo Tribunal de Justiça. Neste caso, a deliberação do Conselho Superior do Ministério Público foi tomada por 14 votos a favor e três abstenções. Também foi renovada a comissão de serviço de Vinício Ribeiro no Tribunal da Relação de Guimarães. 

 

O DCIAP é órgão do Ministério Público que tem a direcção das grandes investigações em Portugal, as que envolvem especial complexidade e que mexem, também, com largas somas de dinheiro. Neste momento, a Operação Marquês, que investiga a actuação do anterior primeiro-ministro José Sócrates, e os inquéritos Universo Espírito Santo, que averiguam a gestão no BES e do GES, são dois exemplos de processos em curso neste departamento. Mais recentemente, um outro caso é a Rota do Atlântico que olha para a forma como José Veiga tentou comprar o Banco Internacional de Cabo Verde ao Novo Banco. 

 

Foi no DCIAP que Orlando Figueira esteve como procurador até 2012, altura em que pediu uma licença sem vencimento. Neste momento, o Ministério Público averigua os arquivamentos de processos por si liderados, no âmbito da Operação Fizz, suspeitando do recebimento de luvas para que tais decisões fossem tomadas. Em paralelo, vai ser lançado um inquérito para possível instauração de processo disciplinar, uma deliberação também saída esta terça-feira do Conselho Superior do Ministério Público.

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