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IRS jovem duplicou beneficiários. Apoio médio foi de 425 euros
Os contribuintes que tiveram direito ao IRS Jovem nos seus rendimentos do ano passado foram cerca de duas vezes mais do que em 2021, segundo números das Finanças. Em média, o benefício fiscal foi de cerca de 425 euros, para pessoas que, na maioria, têm o ensino superior.
Na campanha de IRS deste ano, relativa aos rendimentos de 2022, houve 73.684 jovens beneficiaram do IRS Jovem. Este número compara com 37.199 beneficiários contabilizados em 2021 e com 10.286 em 2020, primeiro ano do benefício.
O balanço foi divulgado este sábado pelo Ministério das Finanças, segundo qual, em média, cada beneficiário teve um apoio fiscal de cerca de 425 euros ao longo do ano. A despesa fiscal associada ao IRS Jovem nesta última campanha foi de cerca de 31 milhões de euros.
O benefício abrangeu rendimentos do trabalho dependente no valor de 1.060 milhões de euros, a que se somam mais 103 milhões de euros respeitantes a rendimentos empresariais e profissionais, os chamados recibos verdes.
A maioria dos beneficiários - 37.408 - tem uma licenciatura e outros 20.143 mestrado. Há depois uma fatia de 17,4% que têm o ensino secundário e 4% o ensino profissional. 154 beneficiários tinham o doutoramento.
Este foi o terceiro ano em que o bebefício fiscal foi concedido, tendo sido alargado, através de alterações consagradas no Orçamento do Estado, aos contribuintes que auferem outros rendimentos que não apenas os do trabalho dependente, como aconteceu nos dois primeiros anos. Também a aplicação temporal foi alargada, passando de três para cinco anos e foi alargada a isenção de impostos.
Atualmente, o IRS Jovem prevê uma isenção de IRS para 50% dos rendimentos no primeiro ano de trabalho, 40% no segundo ano, 30% no terceiro e quarto anos, e 20% no quinto ano. A isenção tem um teto máximo que corresponde a 12,5 vezes o Indexante de Apoios Sociais (IAS) no primeiro ano, 10 vezes no segundo ano, 7,5 vezes no terceiro e quarto anos e 5 vezes no quinto ano.
O objetivo do apoio é promover a inserção e a integração dos jovens no mercado de trabalho, pretendendo "incentivar a qualificação dos mais jovens e apoiar a sua integração na vida adulta e no mercado de trabalho após a conclusão dos seus estudos, assim como a sua permanência em Portugal", sublinha o gabinete de Fernando Medina.