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Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos defende fim do sigilo fiscal
O presidente do Sindicato, Paulo Ralha, explicou no congresso da CGTP que "quem tem medo [do fim do sigilo fiscal] são os administradores das multinacionais e os advogados, que não declaram todos os seus rendimentos".
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI), Paulo Ralha, defendeu este sábado, 26 de Fevereiro, o fim do sigilo fiscal, considerando que esta seria a única forma de combater a fraude e a evasão fiscal.
"É importante acabar rapidamente com o sigilo fiscal, que beneficia as grandes empresas, as multinacionais e os profissionais liberais, pois são estes que pagam cada vez menos impostos", disse Paulo Ralha numa intervenção proferida no XIII Congresso da CGTP.
O presidente do Sindicato salientou que os trabalhadores assalariados "não têm medo [do fim] do sigilo fiscal, quem tem medo são os administradores das multinacionais e os advogados, que não declaram todos os seus rendimentos".
Por esta razão, Paulo Ralha considerou que os programas de combate à fraude fiscal nunca serão bem sucedidos enquanto não se acabar com o sigilo fiscal.
O sindicalista referiu ainda que "Portugal está a ser asfixiado por uma dívida não pagável".
"Queremos ser como a Inglaterra, queremos que venha o dinheiro mas não queremos pagar a dívida", disse, acrescentando que "Portugal não pode deixar-se asfixiar-se pela dívida quando outros obtêm o perdão da dívida".
O STI não é filiado na CGTP, mas é prática da Central convidar sindicatos independentes para participarem nos seus trabalho, alguns deles integram mesmo o Conselho Nacional, como é o caso do Sindicato dos Trabalhadores Judiciais.
O XIII Congresso da CGTP que decorre desde sexta-feira em Almada, termina este sábado ao final da tarde com a aprovação do programa de acção para os próximos quatro anos e a eleição dos corpos sociais".