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Polónia suspende imposto sobre retalhistas e prepara nova taxa

Bruxelas abriu uma investigação ao sistema fiscal da Polónia sobre os retalhistas. O país decidiu suspender, com o ministro das Finanças a revelar que será implementado um novo imposto a partir de Janeiro.

Reuters
20 de Setembro de 2016 às 16:12
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A Comissão Europeia decidiu abrir uma investigação aprofundada ao modelo de impostos aplicados ao sector do retalho aplicado no país desde 1 de Setembro. Em causa está a suspeita de que o modelo beneficia empresas em detrimento de outras e isso poderá ser considerado ajuda do Estado. Além de abrir uma investigação aprofundada, Bruxelas instou "a Polónia a suspender a aplicação da taxa até que a Comissão tenha concluído" o processo, pode ler-se no comunicado emitido esta segunda-feira, 19 de Setembro.

 

E a Polónia respondeu ao repto de Bruxelas, suspendendo o imposto sobre as retalhistas que determinava que as empresas que tenham receitas mensais abaixo dos 17 milhões de zlotys (cerca de 3,9 milhões de euros) beneficiam de uma taxa de 0%. As empresas que facturem entre 17 e 170 milhões pagam uma taxa mensal de 0,8% e as retalhistas que registem receitas mensais superiores aos 170 milhões terão de pagar um imposto de 1,4%.

 

O ministro das Finanças, Pawel Szalamacha (na foto), considera a decisão de Bruxelas "controversa" e "imprudente", mas vai suspender o imposto que estava a ser aplicado, de acordo com a imprensa internacional. Mas deixou claro que será implementado um imposto a partir de 1 de Janeiro, não tendo contudo adiantado mais informação sobre este assunto.

 

Nos últimos tempos, este sistema fiscal, que entrou em vigor a 1 de Setembro, já gerou várias notícias. Entre elas a informação de que a Polónia poderá avançar com uma taxa única a ser aplicada a todas as retalhistas e que rondará os 0,8% das receitas.

 

A maior retalhista a operar na Polónia é a Biedronka, detida pela Jerónimo Martins. Nos primeiros seis meses do ano esta retalhista gerou receitas de 4,68 mil milhões de euros, o que dá, em média mais de 750 milhões mensais. 

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