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UGT apoia greve geral na Administração Pública em Junho

A UGT decidiu hoje apoiar a realização de uma greve geral na Administração Pública em Junho, em convergência com as restantes estruturas sindicais do sector.

24 de Maio de 2013 às 16:07
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A decisão integra uma resolução aprovada por unanimidade e aclamação na reunião de hoje do Secretariado Nacional da UGT, divulgada em conferência de imprensa.

 

"O Secretariado Nacional da UGT decidiu apoiar a convocação de uma greve geral na Administração Público para o mês de Junho, de forma concertada ou em convergência com as demais organizações sindicais do sector", anunciou aos jornalistas o secretário-geral adjunto da UGT, Nobre dos Santos.

 

O sindicalista, que lidera a Frente Sindical da Administração Pública (FESAP) admitiu que têm havido contactos com a Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (CGTP) no sentido da convergência da Luta, embora ainda não tenha sido concertada uma data para a greve.

 

A coordenadora da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (CGTP), Ana Avoila, disse à agência Lusa na segunda-feira que deverá anunciar no sábado uma greve para o sector a concretizar em meados de Junho, contra as novas medidas de austeridade que vão penalizar os funcionários públicos e os pensionistas.

 

O Governo teve na terça-feira a segunda reunião negocial com os sindicatos da função pública para discutir as novas regras da mobilidade especial, uma das medidas da reforma do Estado com as quais o executivo pretende cortar na despesa pública.

 

O aumento do horário de trabalho, a convergência mais rápida entre o sistema de pensões público e privado, rescisões contratuais com 30 mil funcionários, a revisão dos suplementos remuneratórios e o aumento das contribuições para a ADSE são outras das medidas que o Governo quer ver concretizadas.

 

Nobre dos Santos disse ainda na conferência de imprensa que actualmente se vive na administração pública "uma situação fora do normal".

 

"Nunca vivemos uma situação semelhante. Hoje os trabalhadores da administração pública não acreditam na entidade empregadora", disse o sindicalista, acusando o Governo de não ser "um patrão de boa-fé". Por isso, considerou estarem reunidas "todas as condições para uma luta convergente e em unidade".

 

A presidente da UGT, Lucinda Dâmaso, que é dirigente da Federação Nacional da Educação (FNE), anunciou na conferência de imprensa que a FNE entregou pré-avisos de greve para os dias 7, 11, 12, 13 e 14 para abranger professores e pessoal não docente.

 

O pessoal do sector da educação marcou também uma manifestação para dia 15 de Junho.

 

O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, acusou o Governo de não respeitar os compromissos assumidos nas negociações com os parceiros sociais devido a imposições do Ministério das Finanças. O sindicalista considerou que o Governo está a empurrar a UGT para a luta. "A luta vai passar para a rua. Vai passar para uma forma mais musculada e dinâmica. É isso que os trabalhadores exigem da UGT", afirmou aos jornalistas.

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