Notícia
PCP não quer desculpas: "O que ficou inscrito em 2021 é para ser executado em 2021"
O líder parlamentar do PCP, João Oliveira, não quer dar quaisquer desculpas ao Governo para empurrar para 2022 as medidas combinadas no Orçamento do Estado para este ano. E por isso quer ver resultados.
Negócios
08 de Julho de 2021 às 10:35
O líder parlamentar do PCP não quer desculpas: o que ficou combinado no Orçamento do Estado para 2021, é mesmo para executar este ano, diz, em entrevista à Rádio Renascença e ao Público, publicada esta quinta-feira, 8 de julho. A execução dos compromissos firmados é mesmo um "elemento imprescindível" para avançar nos trabalhos do Orçamento do Estado para 2022, assegura.
"Nós nem sequer queremos dar ao Governo o pretexto para dizer 'não foi feito agora, mas há-de ser feito em 2022'. Porque isso não será uma resposta aceitável. Aquilo que ficou inscrito em 2021 é para ser executado em 2021", diz João Oliveira, subindo a pressão sobre as negociações para o OE 2022, que era suposto terem arrancado no início deste mês.
Tal como o Negócios já tinha adiantado, as negociações do próximo Orçamento ainda não começaram. Os dois partidos que viabilizaram o Orçamento do Estado deste ano, PCP e PAN, têm colocado publicamente a execução dos compromissos assumidos para 2021 como condição prévia ao debate do que terá de ser feito em 2022.
Também o Bloco de Esquerda, que chumbou o OE deste ano, diz estar disponível para negociar mas mostra-se cético quanto à capacidade do Governo de concretizar as medidas aprovadas no Parlamento.
Agora, à Renascença e ao Público, João Oliveira reafirma que não houve ainda quaisquer contactos e mantém-se firme na exigência ao Governo.
"Em que pé é que parte para uma discussão do OE 2022 se esses problemas continuarem por resolver por as medidas não foram concretizadas?" questiona o deputado comunista. "E essa é a pergunta que temos feito ao Governo: com que perspetiva o Governo quer começar a fazer essa discussão? Até agora não houve nenhuma abordagem às questões do OE 2022", continua.
João Oliveira diz que os temas e propostas que o PCP quer levar à discussão do OE 2022 ainda não estão definidos, até porque o partido não tem "a perspetiva de que os problemas que discutimos no OE2021 estejam ultrapassados". Seja como for, aponta algumas áreas em que os comunistas vão querer centrar o debate: pensões, creches e serviços de saúde.
"Nós nem sequer queremos dar ao Governo o pretexto para dizer 'não foi feito agora, mas há-de ser feito em 2022'. Porque isso não será uma resposta aceitável. Aquilo que ficou inscrito em 2021 é para ser executado em 2021", diz João Oliveira, subindo a pressão sobre as negociações para o OE 2022, que era suposto terem arrancado no início deste mês.
Também o Bloco de Esquerda, que chumbou o OE deste ano, diz estar disponível para negociar mas mostra-se cético quanto à capacidade do Governo de concretizar as medidas aprovadas no Parlamento.
Agora, à Renascença e ao Público, João Oliveira reafirma que não houve ainda quaisquer contactos e mantém-se firme na exigência ao Governo.
"Em que pé é que parte para uma discussão do OE 2022 se esses problemas continuarem por resolver por as medidas não foram concretizadas?" questiona o deputado comunista. "E essa é a pergunta que temos feito ao Governo: com que perspetiva o Governo quer começar a fazer essa discussão? Até agora não houve nenhuma abordagem às questões do OE 2022", continua.
João Oliveira diz que os temas e propostas que o PCP quer levar à discussão do OE 2022 ainda não estão definidos, até porque o partido não tem "a perspetiva de que os problemas que discutimos no OE2021 estejam ultrapassados". Seja como for, aponta algumas áreas em que os comunistas vão querer centrar o debate: pensões, creches e serviços de saúde.