Notícia
Os erros da proposta de orçamento do Governo
As Finanças começaram por se gabar por ter entregue a proposta de OE 40 dias antes do prazo limite, mas acabaram a pedir desculpa pelos lapsos e gralhas encontrados. Das tabelas que já foram corrigidas às erratas que estão por vir, eis alguns dos erros detetados.
Carga fiscal é afinal a mais alta de sempre
No relatório da proposta de Orçamento do Estado entregue na segunda-feira perto da meia-noite, o Governo previa uma nova subida da carga fiscal em 2020. O peso das receitas fiscais e das contribuições sociais efetivas no PIB desceria para 34,7% em 2019 e voltava a subir para 35% em 2020. Mas no dia seguinte de manhã, Mário Centeno garantia que a carga fiscal "não aumenta no próximo ano", desmentido a estimativa do próprio Ministério das Finanças que constava no relatório. Questionado pelo Negócios, fonte oficial do ministério justificou a retificação dos números com um erro de atualização. O quadro onde estão estes dados pertencia a uma versão anterior do relatório e não foi atualizado. Assim, e menos de 24 horas depois da entrega do OE, o Governo apresentava uma retificação, atualizando os números. Mas a conclusão mantém-se para 2020: a carga fiscal sobe para 35,1% (renovando o recorde), embora estabilize em 2019 nos 34,9%. Centeno prefere excluir deste indicador as contribuições sociais efetivas e, nesse caso, o peso das receitas fiscais no PIB mantém-se nos 25,1% este ano e no próximo.
Susana Paula
susanapaula@negocios.pt
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Alexandra Machado
amachado@negocios.pt
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Filomena Lança
filomenalanca@negocios.pt
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Margarida Peixoto
margaridapeixoto@negocios.pt
20 de Dezembro de 2019 às 12:00
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