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Orçamento do Estado contempla mais 300 milhões para restos de bancos falidos

É mais do que os 210 milhões de euros previstos para o alívio do IRS, ou mais de cinco vezes o valor reservado para ajudar as 830 mil famílias mais pobres de Portugal com a atribuição de 60 euros e meia botija de gás.

António Costa e Fernando Medina. Miguel Baltazar
16 de Abril de 2022 às 10:35
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As Finanças vão pedir à Assembleia da República a aprovação de uma dotação de despesa próxima dos 300 milhões de euros relativa a restos de bancos privados falidos.

 

As contas são feitas pelo Dinheiro Vivo, sinalizando que em causa estão sete sociedades financeiras pelas quais o Estado assumiu responsabilidades - quatro ligadas ao Banif e três ao BPN.

 

Apesar de o Governo alegar que essas verbas estão integralmente cobertas por "receitas próprias" dos respetivos veículos financeiros, trata-se de um risco direto para o défice se as mesmas não se concretizarem, alerta a mesma publicação.

 

No universo Banif, os contribuintes ainda são chamados a despender um total de 177 milhões de euros em 2022, enquanto no caso do defunto BPN, o Orçamento do Estado (OE) para 2022 continua a acomodar as conhecidas três sociedades "par" - a Parparticipadas está acautelada com 33 milhões de euros na despesa pública, a Parvalorem com 67,5 milhões e a Parups com 16,4 milhões de euros.

 

Registe-se que os aproximadamente 300 milhões reservados para os restos de bancos falidos são mais do que os 209 milhões que o Novo Banco quer pedir ao Fundo de Resolução, com o ministro das Finanças a garantir que o OE não contempla tal verba; mais do que os 210 milhões de euros previstos para o alívio do IRS; ou mais de cinco vezes o valor reservado para ajudar as 830 mil famílias mais pobres de Portugal com a atribuição de 60 euros e meia botija de gás.

 

 

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