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Costa anuncia défice abaixo de 1,3% em 2017

O primeiro-ministro anunciou que o défice deste ano vai ficar abaixo da meta prevista em Outubro. Costa disse que é possível dizer isto sem causar arrepios ao ministro das Finanças.

21 de Dezembro de 2017 às 17:19
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António Costa anunciou esta quinta-feira que o défice deste ano vai ficar abaixo de 1,3% do PIB, um registo melhor do que a meta traçada pelo Governo em Outubro, quando entregou o Orçamento e apontou para 1,4%. 

"Este ano vamos ter um défice que hoje já se pode dizer, sem causar arrepios ao ministro das Finanças, que será inferior a 1,3%", disse o primeiro-ministro, em Belém, na cerimónia de cumprimentos de Boas Festas do Governo ao Presidente da República.

A meta de 1,4% fixada no Orçamento do Estado já era melhor do que aquela com que o Governo trabalhava antes. O Governo começou por colocar no Orçamento do Estado para 2017 uma previsão de défice de 1,6% do PIB, tendo revisto o objectivo em Abril deste ano para 1,5%, quando enviou para Bruxelas a actualização do Programa de Estabilidade. 

Já na semana passada, o primeiro-ministro tinha indicado que o resultado do ano poderia ser melhor do que aquele que constava no Orçamento para 2018 (e que já foi aprovado no Parlamento estando apenas a aguardar decisão de Belém). Na altura, o chefe do Executivo admitiu que o défice pudesse ficar abaixo de 1,4%. 

Esta quinta-feira, perante o Presidente da República, Costa quis destacar mais uma boa notícia na frente orçamental. O primeiro-ministro não passou ao lado da tragédia que Portugal viveu em 2017 com os incêndios de Junho e Outubro, mas defendeu que as conquistas de Portugal na frente orçamental podem servir de metáfora para a reconstrução que o país deseja. 

"Há uma grande vontade de reconstruir" depois do que aconteceu nos territórios mais afectados pelos incêndios, que mataram mais de 100 pessoas, e esta é "um pouco a história do país nos últimos anos. Depois desta crise económica e financeira fomos capazes de virar a página", disse. 

O primeiro-ministro destacou também outros indicadores económicos onde Portugal registou melhorias, tais como a dívida pública - que "ainda é muito elevada, mas já está abaixo das melhores expectativas e não supera os 126% do PIB" -, o crescimento económico e a criação de emprego (240 mil postos de trabalho, disse Costa). 

Costa disse ainda que, no que respeita à resposta do país aos incêndios, é preciso "prevenir que em 2018 não se volte a repetir o que aconteceu em 2017" e que para isso é preciso "trabalhar para o médio longo prazo". 

"O optimismo reforça a capacidade de seguir em frente", afirmou. 


(Notícia actualizada)

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