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Centeno alerta que crescimento económico em 2023 é "um desafio muito significativo"

Governador do Banco de Portugal reconhece que o crescimento do PIB em cadeia "diminuiu de forma significativa" a partir do segundo trimestre deste ano e que o efeito de arrastamento "muito significativo" de que Portugal tem estado a beneficiar este ano, sobretudo nos primeiros três meses do ano, "não existe para 2023".

O BdP liderado por Mário Centeno, a Associação Portuguesa de Bancos e o Governo estão a desenhar a solução para subida das taxas de esforço.
Sérgio Lemos
19 de Outubro de 2022 às 17:17
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O governador do Banco de Portugal (BdP), Mário Centeno, alertou esta quarta-feira que o crescimento da atividade económica em 2023 será "um desafio muito significativo", apesar de o Governo prever que o PIB continue a crescer acima da média europeia, ainda que mais lentamente. 

"Tivemos um crescimento muito significativo no primeiro trimestre de 2022 e, desde então, o nosso crescimento em cadeia diminuiu de forma significativa, aproximando-se de valores próximos de 0 a partir do segundo trimestre. Isso significa um desafio muito significativo para 2023", sinalizou Mário Centeno, num debate sobre o OE 2023, na AESE Business School.

O ex-ministro das Finanças explicou que o efeito de arrastamento "muito significativo" de que Portugal tem estado a beneficiar este ano, sobretudo no primeiro trimestre, "não existe para 2023".

A previsão do Governo, inscrita no Orçamento do Estado para este ano (OE 2023), é de que a economia portuguesa abrande para 1,3% em 2023, depois de atingir 6,5% este ano. A impulsionar esse crescimento deverá estar, segundo o Executivo socialista, o investimento, sobretudo o público.

O governador do BdP notou que, "pela primeira vez em sete anos, o investimento cresceu menos do que o consumo privado" em 2021, apesar de agora ser apontado como principal motor do PIB em 2023. 

Mário Centeno defende, por isso, que "a composição do crescimento económico coloca desafios crescentes para a economia portuguesa que é muito importante alterar", referiu, sublinhando que os níveis de confiança, quer para consumidores e empresas, níveis que tinham antes da guerra.

Apesar disso, frisou que, nos últimos anos, a economia portuguesa tem "reagido sempre de uma forma mais positiva do que o esperado" e que "o grande pilar desta surpresa tem sido o mercado de trabalho", que se tem mantido robusto ao contrário do que aconteceu em crises anteriores.

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