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Passos Coelho avisa que PS está comprometido com tratado orçamental
Passos Coelho advertiu que enquanto não forem atingidos os objectivos de "equilíbrio orçamental no médio prazo" todos os partidos "com a expectativa de vir a ser governo como é o caso do PS deverão respeitar essa orientação".
O líder do PSD e primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, considerou hoje prematuro avançar com medidas de alívio fiscal futuro e avisou que o Partido Socialista está comprometido com os objectivos do tratado orçamental.
Passos Coelho advertiu que enquanto não forem atingidos os objectivos de "equilíbrio orçamental no médio prazo" todos os partidos "com a expectativa de vir a ser governo como é o caso do PS deverão respeitar essa orientação".
"Tanto mais que Partido Socialista também se comprometeu com estas metas de ter um orçamento equilibrado quando ratificou o chamado tratado orçamental na Assembleia da República", afirmou Passos Coelho.
O presidente do PSD respondia aos jornalistas após questionado sobre a promessa de não aumentar impostos e de recuperar o rendimento dos portugueses feita pelo secretário-geral do PS, António José Seguro, que apresentou no sábado 80 objetivos políticos do próximo programa de governo socialista.
"Creio que é prematuro nesta altura estar a avançar com medidas que no futuro possam trazer alívio de natureza fiscal ou com novas políticas que traduzam despesa", disse, acrescentando que enquanto o objetivo de "equilíbrio orçamental no médio prazo" não for atingido, o rigor e a disciplina "serão muito importantes".
Passos Coelho sublinhou que decorre uma campanha eleitoral para o Parlamento Europeu, considerando que "não é um benefício estar a misturar as campanhas" e que "seria mais útil centrar as expectativas" para as eleições europeias.
Passos Coelho defendeu que "é muito importante manter firmeza para prosseguir política orçamental responsável e equilibrada" porque "ainda há défice para reduzir".
Questionado sobre se uma eventual "crise" na coligação de governo poderá afectar os planos do governo para o "pós-troika", Passos Coelho afirmou não acreditar que exista alguma crise na coligação.
"Não creio que haja nenhuma crise da coligação, nenhuma tensão na coligação", afirmou o presidente do PSD.
No início da sua declaração, ao lado de Juncker, Passos Coelho deixou ainda um apelo a uma "forte participação" dos cidadãos europeus e dos portugueses porque, disse, "o Parlamento Europeu é uma instituição que conta".