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Ministro cipriota das Finanças terá pedido a demissão

Não há qualquer confirmação oficial, mas algumas agências noticiosas estão a avançar a informação de que o ministro cipriota das Finanças, que está a caminho de Moscovo, apresentou a sua demissão ao Presidente, que não a terá aceite.

Negócios 19 de Março de 2013 às 16:28
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O ministro cipriota das Finanças, Michalis Sarris, terá apresentado a sua demissão ao Presidente do país, noticia a Market News. O pedido de demissão não terá sido aceite por Nicos  Anastasiades. O ministro está a caminho de Moscovo, onde deverá tentar renegociar as condições do empréstimo de 2,5 mil milhões de euros concedidos pela Rússia no Verão.

 

Moscovo já avisou que a sua disponibilidade para aceitar uma extensão dos prazos de reembolso (Nicosia pretendia estendê-los até 2022) foi afectada pela intenção de Nicosia de impor um taxa especial sobre os depositantes, pedida pela Europa em contrapartida de um empréstimo de 10 mil milhões de euros.

 

Ainda segundo a Market News, o pedido de demissão poderá ser aceite quando Sarris regressar a Nicosia. Não há qualquer confirmação oficial destas informações.

 

Entretanto, já teve início o debate parlamentar sobre a controversa taxa sobre os depósitos. Não é certo que haja lugar a votação. A totalidade dos partidos com assento parlamentar terá indicado que se absteria, inviabilizando a aprovação da taxa.

 

Nicosia formalizou o pedido de assistência aos parceiros do euro ainda no Verão de 2012, mas o FMI e os europeus têm fortes suspeitas de a sua banca se ter convertido numa plataforma de lavagem de dinheiro sujo, oriundo das máfias russas. Querem garantias de que a legislação internacional sobre branqueamento de capitais está a ser efectivamente aplicada para evitar que empréstimos garantidos pelos contribuintes europeus salvaguardem sobretudo depositantes russos e dinheiro gerado em actividades ilegais, e pediram uma auditoria externa para o certificar.

 

Internamente o pedido de ajuda também gerou clivagens, pelo que se esperou pelo resultados das eleições (Chipre tem um sistema de governo presidencialista) que, na segunda volta, em 25 de Fevereiro, deram a vitória ao candidato pró-troika Nicos Anastasiades que defende uma maior aproximação à Europa, e um afastamento da Rússia, a quem o anterior Governo pediu um empréstimo de emergência de 2,5 mil milhões de euros.

 

Ao contrário do que sucedeu noutros países atingidos pela crise da dívida, durante a campanha eleitoral os principais partidos políticos em Chipre revelaram-se de forma quase unanime a favor de um pedido de assistência à Zona Euro e ao FMI – pelo menos até ao anúncio do que seriam as contrapartidas exigidas. Quase 90% dos assentos parlamentares (50 em 56) são ocupados por eleitos de partidos que se mostraram favoráveis à vinda da troika, por oposição a um reforço do endividamento junto da Rússia.

 

 

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