A Esquerda Democrática, liderada por Fotis Kouvelis, acabou de anunciar que os seus membros vão abandonar a coligação governamental, devido às “políticas que têm sido seguidas pelo primeiro-ministro” Antonis Samaras.   

Em comunicado, o líder da Esquerda Democrática (Dimar) defende, porém, que o país deve evitar novas eleições legislativas e mostrou-se disponível para apoiar medidas do Governo no âmbito do programa de ajuda externa.

A coligação no Governo é formada pelo conservador Nova Democracia, liderado pelo primeiro-ministro Antonis Samaras, e pelos partidos de esquerda, Pasok, liderado por Evangelos Venizelos (antigo ministro das Finanças), e pela Esquerda Democrática de Fotis Kouvelis (na foto).  

Os membros do Dimar estiveram reunidos esta manhã para analisar a sua manutenção na coligação e a maioria aprovou a decisão de abandonar o Executivo. As relações entre os três partidos da coligação sempre foram tensas (os dois partidos de esquerda discordaram desde o início da decisão, imposta pela troika, de despedir funcionários públicas) mas agravaram-se desde que Antonis Samaras decidiu, de forma unilateral, encerrar a estação pública ERT.  

Com a saída do Dimar, a coligação perde 14 deputados ficando uma maioria muito frágil no Parlamento: 153 em 300.

O encerramento da estação pública ERT foi duramente criticado pelos partidos de esquerda da coligação. Os partidos estiveram reunidos por três vezes para tentar superar a tensão provocada por esta decisão mas não conseguiram chegar a um entendimento, revelou Fotis Kouvelis no final do encontro de quinta-feira. “Para nós é uma questão de legitimidade democrática”, afirmou o líder do Dimar.  

(Notícia actualizada às 14h07)