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Banco de Espanha diz que reforma laboral possibilitou redução de salários

A entidade monetária assinala no Boletim Económico de Setembro que a reforma do mercado laboral, implementada em Fevereiro de 2012, foi acompanhada de uma ligeira redução salarial. Porém, o banco central espanhol indica que os dados devem ser encarados com prudência, uma vez que a redução salarial pode também estar associada a outros factores, como a crise.

Inês Balreira inesbalreira@negocios.pt 26 de Setembro de 2013 às 18:43

No Boletim Económico de Setembro, o Banco de Espanha inclui a sua própria análise do impacto da reforma laboral, implementada no país em Fevereiro de 2012. No estudo, a entidade monetária conclui que a reforma do mercado laboral “propiciou uma ligeira redução salarial”.

 

De acordo com os dados utilizados na análise, “dada a evolução recente da inflação, os indicadores reflectem uma queda dos salários reais nos últimos trimestres”, refere o jornal espanhol “Cinco Días”.

 

Para chegar a tal conclusão, o Banco de Espanha utilizou como referência a remuneração dos assalariados da Contabilidade Nacional, que registaram uma queda no início do ano mas também os dados do Relatório Trimestral de Custos do Trabalho do Instituto Nacional de Estatística de Espanha, que apontam para “uma redução salarial mais acentuada desde o segundo trimestre de 2012”.

 

Apesar da conclusão a que chegaram, os técnicos do Banco de Espanha indicam que os dados devem ser encarados com “cautela”, uma vez que há “dificuldade” em separar a parte da redução salarial pode ser atribuída à reforma laboral e a parte que pode ser atribuída à crise.

 

“Numa situação de intensa deterioração da actividade económica e do emprego, é difícil determinar que parte deste comportamento dos custos laborais se deveram à situação económica e que parte pode ser atribuída aos efeitos da reforma”, sublinha a entidade no boletim.

 

Desta forma, a “ligeira redução salarial deve ser interpretada com as devidas salvaguarda, dado o escasso número de dados disponíveis posteriores à última reforma”.

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