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Aurora Dourada ameaça provocar eleições antecipadas na Grécia

O partido de extrema-direita grego, Aurora Dourada, admitiu retirar os deputados que elegeu para o parlamento de Atenas, o que pode provocar eleições antecipadas em 15 regiões do país.

27 de Setembro de 2013 às 12:29
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A posição do partido de inspiração nazi da Grécia acontece numa altura em que a organização está a ser investigada pelo assassínio do músico Pavlos Fyssas, no dia 18 de Setembro.

 

"Vamos utilizar todos os meios no quadro legal e constitucional para defender a nossa honra política", disse na noite de quinta-feira Nikos Michaloliakos, o líder do Aurora Dourada.

 

"Está tudo em aberto. Se o país entrar num ciclo de instabilidade, os responsáveis vão ser aqueles que demonizam o Aurora Dourada", acrescentou o líder do partido.

 

Com a realização de eleições antecipadas, a coligação governamental do primeiro-ministro Antonis Samaras pode ser abalada por deter uma maioria de 155 deputados de um total de 300 parlamentares.

 

O partido conservador de Samaras e o Syriza, de esquerda, que se opõe às medidas de austeridade impostas pela troika, estão praticamente igualados nas sondagens eleitorais.

A morte de Pavlos Fyssas, músico de 34 anos esfaqueado por um neonazi, provocou protestos em todo o país contra o Aurora Dourada, suspeito de ataques anteriores contra emigrantes e adversários políticos.

 

Simos Kedikoglou, porta-voz do Governo, disse esta sexta-feira que as investigações sobre as actividades ilegais de elementos do partido de extrema-direita devem estar concluídas dentro das próximas duas semanas.

 

Escutas telefónicas da polícia podem implicar, pelo menos, três deputados do Aurora Dourada em actos criminosos, refere a imprensa grega de hoje.

 

Em 2012, o partido elegeu 18 deputados, em 15 regiões do país, tendo perdido eleitores, segundo as sondagens, após o assassínio do músico de hip-hop.

 

De acordo com as sondagens, o partido não consegue mais do que 7% dos votos, o que pode significar a perda de quase todos os deputados caso se venham a realizar eleições.

 

Constitucionalistas consultados pela imprensa referem que a "ameaça" do Aurora Dourada não passa de um "acto de desespero".

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