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Sondagens: Extrema-direita com subida acentuada nas europeias e conservadores ganham

As sondagens nacionais compiladas pelo Conselho Europeu para as Relações Externas mostram que o centro-direita vai continuar com o maior grupo parlamentar europeu na sequência das europeias de maio e também confirmam a expectativa de uma forte subida da extrema-direita.

Bloomberg
18 de Fevereiro de 2019 às 13:52
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Os conservadores de centro-direita devem permanecer como maior grupo parlamentar depois das eleições europeias que decorrem na União Europeia entre 23 e 26 de maio, contudo o maior destaque cabe à subida expressiva conseguida pelas forças de extrema-direita.

Estas são as leituras imediatas do estudo divulgado esta segunda-feira, 18 de fevereiro, pelo Conselho Europeu para as Relações Externas com base numa compilação de estudos de opinião levados a cabo ao nível nacional em cada um dos 27 Estados-membros da UE (excluindo o Reino Unido).

Se a aliança conservadora germânica (CDU/CSU) continua como o partido nacional com maior representação no Parlamento Europeu com 29 assentos, a Liga (extrema-direita) do vice-primeiro-ministro italiano Matteo Salvini ascende a 27 lugares em Estrasburgo. A agência Reuters publicou uma imagem com a projeção da evolução dos assentos dos diferentes grupos parlamentares europeus.

Este agregado de sondagens parece confirmar a expectativa de um reforço relevante das forças eurocéticas e anti-euro, em particular por parte da extrema-direita. Este tipo de partidos deve conseguir somar 14% dos lugares do próximo Parlamento Europeu, o que vai modificar a relação de forças parlamentares e somar incerteza ao processo político e legislativo da UE.

Mesmo continuando a ser o maior grupo parlamentar europeu, o Partido Popular Europeu (PPE, centro-direita) cai dos atuais 217 mandatos para 183, enquanto o Partido Socialista Europeu (PSE) recua 186 para 135 lugares.

Boa parte dos partidos de direita radial e ou eurocéticos pertencem a dois grupos europeus: Europa das Nações e da Liberdade (que integra a Liga e a Rassemblement National de Marine Le Pen) e Europa da Liberdade e da Democracia Direta (onde está o Movimento 5 Estrelas).

Mas há outros partidos eurocéticos que pertencem a outros grupos, como é o caso do polaco Lei e Justiça que integra os Conservadores e Reformistas Europeus e do Fidesz do líder húngaro Viktor Orbán que pertence ao PPE.

Isto significa que persistem dúvidas quanto ao alinhamento que muitos destes partidos terão depois das eleições, existindo nesta altura um movimento, liderado a partir de Bruxelas pelo ex-conselheiro de Donald Trump, Steve Bannon, que é congregador das forças de extrema-direita. Se estes partidos formarem um único grupo parlamentar vão alterar a dinâmica do Parlamento Europeu e podem mesmo ameaçar ou colocar em causa a eleição da próxima Comissão Europeia.

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