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Merkel: Macron pode dar um novo dinamismo à Europa 

A chanceler alemã recebe esta tarde, em Berlim, o novo presidente francês.

Fantasmas de Ialta / (Re)União Soviética - Angela Merkel ver-se-á dividida entre o estreitamento de relações com Donald Trump para fazer frente a Moscovo e um acordo com Vladimir Putin para chegar a um consenso relativamente às esferas de influência da Europa Oriental.
Reuters
15 de Maio de 2017 às 13:56
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Por ocasião da tomada de posse de Emmanuel Macron, Angela Merkel voltou a congratular nesta segunda-feira, 15 de Maio, o novo presidente francês, considerando que este pode dar "um novo dinamismo ao desenvolvimento" da União Europeia.

O futuro da Alemanha está na Europa. A Alemanha não será bem-sucedida no longo prazo se a Europa não o for. A eleição do novo presidente francês concede-nos a possibilidade de insuflar um novo dinamismo no desenvolvimento da Europa".


Angela Merkel falava em Berlim, no final de uma reunião do seu partido (que arrecadou neste domingo uma vitória eleitoral importante) horas antes de receber esta tarde Emmanuel Macron que, cumprindo uma já longa tradição, cumprirá na capital da Alemanha a sua primeira visita oficial.


Com Macron no Eliseu há agora uma banda mais larga de entendimento entre Paris e Berlim, que poderá voltar a ser ampliada em caso de vitória do SPD de Martin Schulz, defensor de uma maior intervenção financeira da Alemanha na resolução dos problemas crónicos do euro.

Diferentemente de François Hollande, o novo presidente francês considera fundamental cumprir o Pacto de Estabilidade e o Tratado Orçamental (que ajudou a redigir, ao lado de Wolfgang Schäuble), e promete reduzir finalmente neste ano o défice abaixo do limite de 3% do PIB. Macron quer "contas certas" e regras cumpridas com o rigor alemão, mas quer também que a Zona Euro passe a ser gerida numa "lógica positiva e não apenas punitiva".

Nesse contexto, defende a criação de um orçamento próprio para os países do euro e, dentro deste, de uma linha de investimento, financiada por títulos de dívida  europeus para  dinamizar projectos nos países que, em contrapartida, se comprometam com reformas estruturais, geralmente muito impopulares, desde logo em França. A Alemanha torce o nariz aos "eurobonds", mas numa clara aproximação às posições alemãs, o antigo ministro francês da Economia tem rejeitado, ao invés do que defendia o seu antecessor e o governo de António Costa, que a Zona Euro possa no futuro criar mecanismos de partilha do fardo das dívidas públicas, especialmente elevadas nos países do Sul.  "Sejamos realistas: eu aceito  o princípio moral de que cada um é responsável pela dívida que contraiu", frisou em Abril, em entrevista à RTP.
 
"Isso não nos deve impedir de fazer juntos coisas no futuro. (...) É essa a ideia de um orçamento, de uma verdadeira capacidade orçamental para a Zona Euro – não a da mutualização de dívidas passadas".   "Quero um orçamento para a Zona Euro, um ministro responsável por esse orçamento, um parlamento para o controlar e uma verdadeira capacidade para investir e para corrigir os choques que existem na Zona Euro", explicou então. Também Espanha partilha muitas destas ideias.

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