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Zelensky demite chefe de segurança e procuradora-geral da Ucrânia

Volodymyr Zelensky demitiu dois importantes aliados e responsáveis do estado, o chefe de segurança e a procuradora-geral do país, justificando que perdeu a confiança nos dois elementos.

Reuters
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Volodymyr Zelensky demitiu dois dos seus mais importantes aliados, que contribuíram para a sua campanha e eleição em 2019. 


Este domingo, num vídeo publicado na rede social Telegram, Zelensky anunciou que tinha demitido o chefe de segurança e amigo de infância, que liderou a campanha em 2019, Ivan Bakanov, juntamente com a procuradora-geral Iryna Venediktova, que tinha sido conselheira de assuntos externos também durante a campanha presidencial.


O presidente justificou as demissões anunciando que tinha perdido fé nas capacidades dos dois elementos do governo para as suas pastas. Zelensky adiantou ainda que foram abertos 60 casos de oficiais do SBU (serviço de segurança da Ucrânia) que estavam a trabalhar contra Kiev.


Adicionalmente, anuncia Zelensky em vídeo, foram abertos 651 casos de traição abertos a oficiais do estado.


"Um leque tão grande de crimes contra a fundação da segurança nacional de um Estado é uma questão muito grave para os líderes", explicou o presidente. "Cada uma destas questões vai receber uma resposta adequada", continuou.


Rússia prepara nova ofensiva


O Kremlin está a preparar uma nova fase da ofensiva, de acordo com oficiais ucranianos, depois de Moscovo ter dito que as suas forças iam aumentar as operações militares "em todas as áreas operacionais". Oficiais de Kiev indicam que a Rússia estará a concentrar forças para invadir Sloviansk, uma cidade na região de Donetsk.

Já o ministro da defesa russo, Sergei Shoigu, anunciou que instruiu os militares russos para priorizarem a destruição de mísseis de longo alcance e armas de artilharia ucranianas, muitos deles provenientes de países do ocidente, que têm sido usadas para destruir as linhas de abastecimento russas.

Turbinas do Nord Stream a caminho da Ucrânia

Depois do Canadá ter aberto uma exceção às sanções ao permitir o envio para a Rússia das turbinas do gasoduto Nord Stream, o equipamento já está a caminho da Alemanha. O transporte foi noticiado pela agência de notícias russa Kommersant.

As turbinas foram enviadas por via aérea e não por mar como é habitual, para agilizar e tornar mais rápido o processo. Ao chegarem à Alemanha o material deverá seguir para a Finlândia e finalmente para o porto de Portovaya, onde será recolhido pela Gazprom no dia 24 de julho.

No seu discurso de domingo Zelensky voltou a colocar este assunto em cima da mesa, depois de uma chamada com o presidente canadiano, Justin Trudeau. O presidente "enfatizou que os ucranianos nunca iriam aceitar a decisão do Canadá relativamente às turbinas do Nord Stream, que foi decidido (...) numa violação do regime de sanções".

Bruxelas aprova novas sanções?


Esta segunda-feira vão estar reunidos em Bruxelas os ministros dos negócios estrangeiros. De acordo com o The Guardian serão discutidas novas sanções, que incluem um embargo ao ouro russo. O jornal britânico adianta ainda que poderão estar em cima da mesa mais sanções a indivíduos russos.

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